O ministro da Defesa, Nelson Jobim, minimizou nesta terça-feira, 3, as informações de que o governo brasileiro estaria sendo assediado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para fechar com a Boeing a compra de 36 caças F18 para a Força Aérea Brasileira (FAB).

Jobim, que está no Rio de Janeiro para encontro nesta com o ministro da Defesa francês, Hervé Morin, disse que os governos dos Estados Unidos, da Suécia e da França "estão todos empenhados" na venda de aviões à FAB, mas que o País ainda não encerrou a análise técnica das propostas. "O presidente (Barack) Obama, o rei da Suécia (Carlos Gustavo) estão todos empenhados. A FAB ainda não encerrou a análise técnica", disse Jobim.

As declarações vêm um dia após o Estado publicar entrevista com a subsecretária de Estado para Controle de Armas e Segurança Internacional dos EUA, Ellen Tauscher, na qual ela afirma que o presidente Obama e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, estão empenhados pessoalmente nas negociações para a venda dos caças.

Ellen destacou que, caso a Boeing fosse escolhida, a venda aproximaria os dois governos.

Segundo Jobim, quatro aspectos vão determinar a escolha da proposta vencedora: a análise operacional, a transferência de tecnologia, as compensações industriais e o preço. A FAB também vai analisar a criação de emprego no Brasil acarretada por cada proposta estrangeira.

O Brasil vai comprar 36 caças. Além da Boeing, a sueca Saab e a francesa Dassault participam da etapa final da concorrência.