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Lua tem água, diz Nasa
Líquido congelado foi detectado na cratera Cabeus, que há bilhões de anos não recebe a luz do sol

Diário Catarinense

O choque proposital da sonda LCROSS contra a Lua há pouco mais de um mês parece ter alcançado seus objetivos. A Nasa, a agência espacial americana, anunciou ontem que localizou uma “importante” quantidade de água congelada na cratera Cabeus, no sul do satélite terrestre – o local do choque.

A busca de água na Lua tenta viabilizar bases permanentes de pesquisa e exploração lunar. A cratera foi escolhida por estar em uma região do satélite que não recebe luz solar há bilhões de anos.

A Nasa acreditava que haveria água congelada em seu fundo, onde a temperatura chega a até 240ºC negativos. Os primeiros dados divulgados surpreenderam os cientistas: a água existia em quantidade e terreno maior do que se desconfiava.

Material ajuda a entender evolução do sistema solar

A LCROSS (sigla em inglês para Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares) filmou, por quatro minutos, o impacto da colisão do foguete Centauro contra Cabeus. Depois de transmitir os dados para a Terra, a própria sonda foi atirada contra o mesmo local.

– Estamos muito entusiasmados. Linhas de testes mostram que havia água presente tanto no vapor que se elevou em ângulo alto, quanto nos escombros projetados em ângulo mais baixo por causa do impacto da Centauro – declarou Anthony Colaprete, cientista do projeto LCROSS, em Moffett Field (Califórnia).

Se a água existe na Cabeus há bilhões de anos, a cratera poderia ter segredos sobre a história e a evolução do sistema solar, assim como amostras coletadas nos polos da Terra podem ajudar a compreender mais sobre nosso planeta.

Cientistas ligados ao projeto afirmam que outros dados da LCROSS vão demorar mais tempo para serem decifrados. Outras substâncias consideradas “intrigantes” também foram documentadas pela sonda.


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Sonda da Nasa confirma existência de água na Lua
Descoberta da agência pode viabilizar, no futuro, a construção de uma base permanente no satélite

Fonte: Zero Hora

Em um anúncio histórico para a ciência, a Nasa – a agência espacial dos EUA – confirmou ontem a existência de água na Lua. A notícia é especialmente importante porque pode viabilizar, em um futuro não muito remoto, um velho sonho: a construção de uma base permanente no satélite.

Não é a primeira vez que cientistas encontram água na Lua, mas nunca foram tão incisivos sobre a descoberta. Conforme a Nasa, foi localizada uma “importante” quantidade de água, em sua forma congelada, na cratera Cabeus, no polo Sul do satélite. A façanha é resultado direto do choque proposital da sonda Lunar Crater Observation and Sensing Satellite (LCROSS) contra a superfície lunar, no dia 9 de outubro. A agência espacial acreditava que havia água congelada no fundo da cratera, onde a temperatura chega a até 240ºC negativos. Os primeiros dados surpreenderam os cientistas: a água existia em quantidade maior do que se desconfiava.

– Estamos revelando os mistérios de nosso vizinho mais próximo e, por extensão, do Sistema Solar – declarou Michael Wargo, cientista-chefe lunar na sede da Nasa em Washington.

– Estamos muito entusiasmados. Os resultados dos testes mostram que havia água presente tanto no vapor que se elevou em ângulo alto quanto no material projetado em ângulo mais baixo – acrescentou Anthony Colaprete, cientista do LCROSS e principal pesquisador do Centro de Pesquisa da Nasa em Moffet Field, na Califórnia.

A LCROSS filmou, por quatro minutos, o impacto da colisão do foguete Centauro contra Cabeus. Depois de transmitir os dados para a Terra, a própria sonda foi atirada contra o mesmo local. O impacto criado pelo foguete Centauro criou um volume de material em duas partes a partir da base da cratera. A primeira parte era composta de vapor e poeira fina, e a segunda, de materiais mais pesados.

O grupo de pesquisa utilizou conhecidas “assinaturas” espectrais infravermelhas da água e de outros materiais e as comparou com o espectro próximo ao infravermelho coletado para a verificação. A descoberta mostra ainda que a água deve estar melhor distribuída pelo satélite do que se suspeitava.

Recentemente, a sonda indiana Chandrayaan-1 já havia detectado uma fina camada de água oculta nos primeiros milímetros do solo lunar, que poderia suprir uma base.