A Venezuela Declarou neste domingo não está interessada em ter conversações diretas com a Colômbia para resolver a crise que leva já vários meses e considera apenas a UNASUL como instrumento interlocutor para encontrar uma solução para o conflito.
“A mediação entre Colômbia e Venezuela é desnecessária, pois você tem que dar no âmbito da Unasul“, disse o vice-chanceler venezuelano para América Latina e Caribe, Francisco Arias Cardenas.
As declarações do Vice-Chanceler veio um dia depois do presidente Hugo Chávez aplaudir a chegada iminente à Venezuela de 300 veículos blindados e tanques fabricados na Rússia e conclamar os seus cidadãos a aderir ao governo na desesa do seu país de uma provável invasão estrangeira.
Chávez pediu a seus partidários para receber treinamento militar e participar da milícia durante um discurso no sábado à noite. Ele disse que é obrigação dos membros do Partido Socialista Unido da Venezuela participar na organização de grupos de combate.
A Venezuela deve se preparar para um possível ataque dos EUA e Colômbia, disse Chávez, que negou enfaticamente que seu país iria atacar o país vizinho.
“Estamos nos preparando e vamos continuar nos preparando para defender a sagrada soberania da Venezuela, para defender a revolução bolivariana na agressão imperialista e dos vassalos do império“, disse Chávez.
Chávez, um ex-comandante pára-quedistas, disse que “mais de 300 veículos blindados e tanques da Rússia começaram a chegar, entre eles carros de combate T-72, radares e sistemas de defesa aérea”, disse ele.
A Venezuela comprou desde 2005, mais de Us$ 4 bi em armas russas, incluindo 24 caças Sukhoi SU-30 MK, dezenas de helicópteros de combate e 100.000 fuzis de assalto Kalashnikov.
A Rússia anunciou em setembro passado, que abriu uma linha de crédito de US$ 2.2 bi à Venezuela para cobrir a aquisisção do país caribenho de novos sistemas de armas, entre eles, mísseis terra-ar.
Venezuela e Colômbia têm debatido durante meses pelo acordo entre Bogotá e Washington, que permite aos EUA operarem apartir de sete bases em solo colombiano pelos próximos 10 anos.
Os signatários dizem que o acordo é necessário para ajudar na luta contra o narcotráfico e as guerrilhas de esquerda, entretanto a Venezuela nega que tais bases tenham este fim e afirma que o seu real objetivo é servir d eponte para ataques à Venezuela.
“Somos o alvo número um no mapa imperial deste continente“, disse Chávez, no sábado.
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