O programa da aeronave de transporte militar KC-390, que a Embraer desenvolve para a Força Aérea Brasileira (FAB), ganhou o reforço em setembro com a liberação da primeira parcela de recursos, no valor de R$ 40 milhões.
Seja qual for o presidente em 2014, já está prevista uma cerimônia nesse ano ao qual ele (ou ela) deverá comparecer. Segundo o presidente da EMBRAER, Frederico Curado, essa é a data prevista para o primeiro voo do principal projeto da empresa na área de defesa, o cargueiro militar tático KC-390.
Se tudo correr como planejado, em 2016 começará a operação do avião na FAB e, em seguida, com sorte, em outras forças aéreas que encomendarem o modelo.
A EMBRAER estima em cerca de 700 aeronaves a demanda futura desse tipo de avião de transporte, para substituir modelos clássicos, como o americano C-130 Hercules, operado pela FAB e dezenas de outras forças espalhadas pelo planeta.
Mais do que a participação no projeto FX-2, do futuro caça da FAB, o projeto KC-390 é o que mais empolga a área de defesa da EMBRAER.
Seja qual for o vencedor da concorrência pelo caça, a EMBRAER terá apenas uma participação modesta na sua integração na Força Aérea, apesar de estar previsto que adquira novas tecnologias no processo.
E a escolha do governo pode não ser a que mais agrade à empresa. O caça francês Rafale pode ter sido elogiado pelo presidente e pelo ministro da Defesa, mas não é o preferido nem de muitos oficiais da FAB nem da indústria aeroespacial e eletrônica. O americano Super Hornet e o sueco Gripen são mais bem avaliados.
Já o cargueiro militar não envolve necessariamente participação estrangeira. Além de ter um grande mercado potencial, será o maior avião produzido pela empresa na sua história de 40 anos.
Como diz a sigla, tirada da terminologia da força aérea americana, o KC-390 terá dupla função: reabastecimento, em voo, de outras aeronaves (o "K") e o transporte de carga (o "C").
Outros produtos importantes da área de defesa da empresa são o avião de ataque leve Super Tucano, vendidos a vários países latino-americanos, e os aviões-radar e de sensoriamento remoto.
0 Comentários