A informação divulgada pelo serviço secreto britânico de que Saddam Hussein poderia lançar um ataque químico em questão de 45 minutos a partir do momento em que a ordem fosse dada foi obtida através de um taxista que teria ouvido a conversa de dois soldados iraquianos, informou nesta terça-feira um parlamentar conservador.
Apesar de o governo britânico ter admitido, em outubro de 2004, um ano e meio após a invasão do Iraque, que a informação era falsa, a descoberta sobre a fonte original da informação aumenta a impressão generalizada de que o ex-primeiro-ministro Tony Blair exagerou em relação ao perigo que Saddam representava para fazer o público britânico apoiar a invasão.
A informação foi divulgada pelo jovem parlamentar britânico Adam Holloway, 44 anos, um especialista em defesa, muito próximo do líder conservador, David Cameron.
Segundo ele, o motorista, que trabalhava perto da fronteira com a Jordânia, disse ter ouvido algo sobre Saddam Hussein ter adquirido mísseis de longa distância que poderiam disparar armas químicas contra alvos britânicos em questão de 45 minutos. A informação foi usada pelo MI6 na construção de um caso para justificar a invasão.
O governo ignorou os avisos dos serviços de inteligência, que questionaram a confiabilidade das informações e não fez nada para corrigir equívocos da mídia, que reproduziram a informação à exaustão.
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