Peru negocia tanques da China e aviões da Embraer
Do Valor Online - por: Virgínia Silveira - Via: O Globo
Do Valor Online - por: Virgínia Silveira - Via: O Globo
O governo peruano está perto de fechar um contrato para a compra de tanques da China. A declaração foi feita pelo ministro da Defesa peruano, Rafael Rey, que disse que o país também planeja comprar aviões Super Tucano da Embraer.
Os tanques que estão sendo negociados são os MBT-2000 e substituiriam antigos veículos soviéticos T-55. O ministro não disse quantas unidades estão sendo negociadas com a China nem quantos aviões planeja comprar do Brasil.
Mas, ao menos no caso dos tanques, o jornal peruano " La República " afirmou que a intenção do governo é de adquirir entre 80 e 120 unidades. O Peru estaria avaliando também carros de combate da Alemanha, da Rússia, da Ucrânia e da Polônia.
Na terça-feira, alguns dos tanques chineses - enviados por Pequim a título de teste - foram exibidos numa parada militar nas ruas de Lima.
Conforme anunciamos em primeira mão o Super Tucano é principal opção para os Peruanos
Em entrevista a uma rádio local, Rey disse que o país estuda compras para a Marinha e a para a Força Aérea. Uma comissão militar peruana recomendou que o país optasse pelos " aviões brasileiros Super Tucano " . " Eles são muito simples de operar, mas têm tecnologia avançada " , disse o ministro.
Consultado ontem pelo Valor, o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, não quis confirmar se há negociações em curso e disse que a empresa não comenta contratos em negociação. A empresa vendeu nos últimos anos - e também neste ano - aviões de combate Super Tucano para a Colômbia (25), Equador (24), Chile (12) e República Dominicana (8) e mais 99 para a Força Aérea Brasileira. Parte dos aviões já foi entregue; parte está em fase de entrega.
Rey disse que o objetivo do governo ao negociar novos equipamentos de defesa é assegurar que o Peru tenha uma capacidade mínima de defesa e de dissuasão.
O primeiro-ministro do país, Javier Velásquez, declarou ontem que a iniciativa peruana não contradiz a campanha que o governo do presidente Alan García empreendeu este ano contra uma " corrida armamentista " na América do Sul, em reação à compra de armas por parte de Venezuela, Brasil e Chile e também em reação à expansão militar dos EUA em bases colombianas. Segundo Velásquez, o Peru está apenas procurando repor equipamentos militares já desgastados. " Trata-se de uma reposição de equipamentos, e não de uma corrida armamentista incessante, que isso fique claro " , disse.
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