O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assegurou neste sábado que a solução para a crise nuclear com o Irã passa por modificar o acordo proposto pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
"Tudo gira em torno da maneira de como implementar o acordo proposto (...) com alguma adaptação para que possa ser aceito pelos dois lados", assinalou Amorim à Agência Efe.
O chanceler evitou dar mais detalhes a respeito, alegando que poderia prejudicar a negociação. "Acho que essas coisas se muito explicadas não avançam", afirmou.
A AIEA quer que o Irã se comprometa a ser mais transparente sobre o uso da tecnologia nuclear e confirme o caráter pacífico de seus projetos atômicos.
Amorim se reuniu na quinta-feira em Davos (Suíça), durante o Fórum Econômico Mundial, com o chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, e conversou com ele sobre a polêmica nuclear.
Em novembro passado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ajudasse a convencer o Irã a aceitar a proposta do grupo negociador (membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e Alemanha) encarregado da questão nuclear.
O Brasil sempre defendeu a ideia de que a disputa nuclear deve ser solucionada pela via diplomática e sem a imposição de sanções.
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