A China precisa de uma base naval permanente no exterior para reabastecer seus navios e para ajudar no combate a piratas, especialmente no golfo de Áden, na Somália, afirmou o almirante chinês Yin Zhou em entrevista a uma rádio estatal.
A declaração ocorre poucos dias depois de a China ser obrigada a pagar a piratas somalis um resgate estimado em US$ 4 milhões para recuperar o navio De Xin Hai, que transportava carvão. O cargueiro havia sido capturado em outubro.
A entrevista de Yin foi lida como um movimento de Pequim para testar a recepção internacional à possibilidade de instalar uma base militar no exterior -não há nenhuma hoje. Enquanto a China ganha cada vez mais importância no cenário geopolítico, vizinhos na Ásia e potências mundiais monitoram de perto todas as iniciativas do país em matéria de defesa.
“Creio que a petição é razoável e que os países estrangeiros entenderão a necessidade da China”, disse o almirante, chefe do centro de pesquisas da Força.
A China enviou à costa da Somália navios escolta neste ano, mas não atracou em nenhum porto por 124 dias. Segundo Yin, a ideia era não criar “suspeitas desnecessárias nos países ocidentais”.
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