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Jobim entrega análise sobre caças em uma semana
Concorrem, nessa fase final, três aeronaves: o Rafale da francesa Dassault, o Gripen NG, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da americana Boeing

Fonte: Agência Estado - Via: Bem Paraná

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, vai apresentar em uma semana ao presidente Luis Inácio Lula da Silva suas conclusões a respeito da escolha do novo caça da aviação militar brasileira. Jobim está lendo o relatório técnico entregue a ele no dia 6. Metódico, faz anotações e pede esclarecimentos - mas não faz comentários, mesmo com interlocutores habituais.

Concorrem, nessa fase final, três aeronaves: o Rafale da francesa Dassault, o Gripen NG, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da americana Boeing.

O valor do negócio é estimado entre R$ 7,7 e R$ 10 bilhões, por um lote inicial de 36 aeronaves. A cifra contempla itens fundamentais, como suprimentos de componentes e peças, treinamento de pessoal técnico, documentação de manutenção, o conjunto eletrônico, conforme o especificado pela Aeronáutica. Parte do preço abrange as tecnologias que o governo brasileiro exige receber como pré-requisito do contrato.

Embora os três finalistas ofereçam a possibilidade de montagem e produção da encomenda no País, apenas o grupo da França detalhou essa parte da proposta. De acordo com o diretor do consórcio Rafale International, Jean-Marc Merialdo, o programa prevê que os seis primeiros caças sejam fabricados integralmente na França, com participação de especialistas brasileiros. O sétimo avião será montado no Brasil, com partes vindas das unidades industriais da Dassault. Da oitava unidade em diante a nacionalização dos sistemas será crescente "de acordo com a capacidade de atendimento local ao processo de nacionalização", diz Merialdo.

O projeto F-X2 não se esgota no fornecimento da frota inicial, mas se estende até prováveis 120 supersônicos. Nesse caso, e prevendo que haverá necessidade de revitalização tecnológica periódica do grupo inicial, as aquisições futuras preveem a produção no País.

O objetivo é deter autonomia na construção de uma aeronave única para a tarefa de superioridade aérea, como a preservação do espaço, e de interdição de operações ilícitas. Na prática, significa que toda a frota de combate da aviação militar será substituída até 2025. A aeronave vai substituir os Mirage 2000C/B ( desativação começa em 2015), os F-5EM (entram em desmobilização ao longo de 2021) e os vacas-bombardeiros leves AMX (por volta de 2023).

O projeto de construção de um super caça de 5ª geração ainda mais avançado que o F-X2,, faz parte de um planejamento de longo prazo do Comando da Aeronáutica.