Atendendo aos pedidos de alguns leitores do blog, que agora mais do que nunca querem saber o que de fato é verdade, fixão, conspiração e manipulação nas notícias veiculadas na midia em geral, noticias estas muitas vezes reproduzidas até aqui mesmo no Plano Brasil, uma vez que temos a responsabilidade de divulgar as notícias, mesmo não concordando com elas como no caso.
Venho aqui tentar expressar a minha humilde opinião de leigo, porém de senso crítico e pessoal sobre o que se passa de verdade nesta tempestuosa e esperada “Guerra nos céus” que tem se transformado o Programa FX especilamente na sua reta final, diga-se de passagem na Mídia e nos blogs de discussões.
Porém antes de mais nada quero aqui deixar claro que falarei em meu nome pois não represento nenhuma das 6 instituições envolvidas nestas disputas ( FAB, EMBRAER, Governo Brasileiro, Boeing, Dassault e SAAB), não recebo nada de nenhuma delas e não estou aqui para defendê-las ou atacá-las, isto porque o que mais se tem visto por ai, são afirmações de terceiros alegadamente provenientes sempre desta ou daquela instituição ou fonte, e que sempre alegam possuir uma informação adicional sobre o tema, o que para mim, não correspondem a verdade e carecem de provas.
Porém antes de mais nada gostaria de levanatar alguams alegações que tem sido feitas pela mídia e que tem sido usadas como munição nas matérias que tem sido reproduzidas ultimamente, como segue:
- “O FX 2 será cancelado?”
No meu ponto de vista não há motivos para isto, e não acredito que o governo tomará esta decisão pois o descrédito perante os 3 concorrentes será enorme, e uma vez que o presidente da República se dispôs e pronunciou isto em dezembro passado, ele se comprometeu em dar uam definição no inicio de 2010, a negativa disto seria mais do que sujar o seu prestígio.
- Quem sairia Lucrando?
Caso houvesse um cancelamento do FX 2 o que eu acho improvável, quem lucraria seria a Sukhoi e a Lokheed Martin que assim teriam argumentos para poder apresentar novas propostas e terem a chance de poderem mais uma vez disputar com as demais concorrentes.
Quem perderia com isto? Todos, especialmente a FAB e o Governo , pois cairiam no descrédito.
- A FAB quer o Gripen e portanto existe uma crise entre o governo que quer o Rafale.
O que me leva a desacreditar desta informação é o fato de que os 3 concorrentes tem prepetidamente elogiado a lisura e proficionalismo da FAB na conduta do projeto, ao que me parece uma declaração destas é motivo suficiente para ambas, Boeing e Dassault se retirarem e ou mesmo protestarem por vazamento de informações questionando a lisura do programa.
Na minha opinião a FAB e os seus proficionais jamais se pronunciariam sobre o caso, como aliás é elogiado pelos 3 concorrentes.
Portanto creio que estes indicarão inúmeros pontos positivos e negativos de cada aeronave, e se ouve algum vazamento de informações (as tais fontes que ninguém conhece nem nunca conhecerá) fica fácil ver que num relatório que aponta ontos positivos e negativos deste ou daquele projeto, pode-se demonizar ou criar um preferido, bastando para isso selecionar as vantagens e desvantagens que lhes convém.
Ao meu ver existe sim uma crise entre FAB, MD e Governo, mas não pelo fato de suas preferências, e sim pelo fato de que a FAB alega perder o poder de decidir sobre o que quer.
Em resumo, não pela escolha do caça e sim pela maneira como ela será feita, porém como disse, foi a FAB quem indicou os 3 concorrentes e tenho certeza de que o a decisão será pautada naquilo que ela indicar.
- A FAB não deveria ser ouvida na escolha uma vez que esta é de fato quem sabe de verdade o que precisa e o que é indicado para nós?
Este argumento também foi usado na antiga concorrência FX ou agora FX-I lembro-me bem que naquela extinta concorrência jorrou na imprensa a notícia de que os pilotos da FAB preferiam o caça da Sukhoi, o que de fato não posso afirmar, uam vez que tratava-se de boatos, tal como este de que a FAB já pronunciou o seu preferido (não que não haja um preferido).
É óbvio que a FAB será ouvida na decisão final, foi ela quem escolheu os 3 últimos concorrentes desclassificando os demais, os relatórios encaminhados ao governo forma e serão analisados, porém discordo que esta se pronunciou ou deixou qual caça prefere uma vez que isto recorrireia no erro previamente descrito.
E mais, se oq ue divulgam é a opinião de que os pilotos querem este ou aquele caça, o Gripen CD não teria vencido então o FX-1 e agora teríamos os Sukhoi voando por ai…
- A Embraer se decidiu pelo Gripen.
Mais uma informação que foi desmentida pela diretoria da EMBRAER, não estou aqui questionando o fato de que a proposta da SAAB é melhor que as demais e sim o fato de que isto foi afirmado pela empresa.
Uma afirmação destas fereria o programa e na hipotese do adversário seja ele qual for, lograr-se vencedor, como fica aposição da diretoria da Embraer tendo que negociar com aquele que meses antes fora preterido?
Também não se explica como a Embraer que no FX 1 optou pelo Mirrage 2000BR em parceria com Dassault e detrimento do Saab Gripen CD, agora resolve abrir mão do pareceiro e escolher o consórcio Gripen NG, transferência de tecnologia? Pode ser porém duvido que a Embraer tivesse detalhes pormenorizados de todas as possibilidades de transferência de tecnologias uma vez que desde de setembro de 2009 altura em que se afrmava que o Rafale apresentava o melhor pacote, as propostas foram reavaliadas e novos off set introduzidos.
Então, se nem a FAB que acabou de avaliar as propostas apenas em meados de Dezembro sabia d efato o que cada um pacote continha, como a Embraer poderia saber de ante-mão quais seria a melhor proposta?
Para mim esta declaração nunca foi feita e nunca seria uma vez que esta será obrigada a aceitar qualquer um dos 3 como parceiro.
Outra coisa que chamo a atenção, o único das 6 instituições a se proclamarem publicamente sobre suas preferencias, de forma oficial, foi o governo do Brasil, na ocasião do 7 de setembro em que o presidente afirmou estar em negociações com Dassalt, fato depois elucidado pelo ministro da defesa que especificou que as negociações estavam em aberto, embora existisse uma preferência pelo caça Francês.
Não quero dizer aqui que o Rafale já Ganhou, apenas afirmar que até agora esta foi a única fonte oficial a apresentar suas preferências.
- A transferência de tecnologia do Gripen é melhor que a do Rafale e do Super Hornet.
Não duvido que naõ o seja, porém, mais uma vez estamos diante de algo que não posso afirmar e agora sim nesta altura, (uma vez que os pacotes foram fechados) apenas a FAB poderia dizer algo sobre o que se tem, o que se pode, e o que interessa em TT, acredito que estes dados uma vez vazados seriam considerados pelos demais concorrentes.
Cada um defende-se dizendo que a sua proposta é a melhor, claro todos querem vencer, porém mais uma vez duvido que a FAB pronunciaria.
- A tecnologia Francesa de segunda categoria
Este argumento tem sido usado de forma a desqualificar o Rafale, no entanto não condiz com a realidade, aliás. Diga-se de passagem todos os 3 concorrentes estão praticamente em mesmo nivel tecnológico sendo superiores e inferiores entre si em questões técnicas porém ambos caças que se configuram como a elite dos aviões hoje desenvolvidos.
A França juntamente com os Estados Unidos e Rússia, são os únicos países capazes de projetar e desenvolver seus próprios csistemas de armas o Rafale já foi testado no Afeganistão e está operacional, a versão F3 da qual se diz será o pilar para o caça Brasileiro caso a Dassault sai vencedora, acabou de s er considerado operacional em Dezembro passado e muito provavelmente seja o caça mais moderno da atualidade, uma vez que os seus sitemas eletrônicos e de armas acabaram de ser desenvolvidos para contrapor as ameças de seus antecessores.
Obviamente este será superado por versões mais modernas de outros caças inclusive Gripen NG e futuras versões do F 18 se estas vierem a incorporar novos sistemas.
Atualmente e desde o fim dos anos 80 plataforma em si já não exerce tanto influência no peso militar do sistema, e sim seus sistemas embarcados e sistemas de armas.
Só para ilustrar o F16 em suas primeiras versões perdia em quase todos os quesitos para o Mig 29, entretanto após uma década de evolução do caça Americano e de 1 década de paralisia do programa Mig 29, o Falcão americano logrou ser infinitamente superior, hoje e o Mig 35 versão melhorada do Mig 29 tentou contrabalançar este atraso com introduçãod e novas tecnologias, aind não se sabe se seriam capazes de superar as últimas versões do F-16 Block 60…
- O Gripen é uma caça novo e não estará disponível até 2014 o mesmo para o Rafale.
Baseando-se no que os fabricantes afirmam, de que muitos cmponentes serão fabricados no Brasil, eu acredito que nenhum dos caças com exceção do F18 estará plenamente operacional em 2014.
Porque o F 18?
Porque não creio que a Boeing e suas subsidiárias permitiriam a fabricação de ocmponentes sensíveis como o Radar e demais sistemas eletrônicos sncíveis em solo brasileiro, portanto F18 brasileiro teria componentes possíveis d eser fabricados no Paíso que viabilizaria a pronta entrega das aeronaves.
E os Demais?
Se o vetor basear-se no Gripen NG (em desenvolvimento) e no Rafale F 3 e houver a prometida transferência de tecnologia e produção gradual dos componentes, não acredito que teremos massa crítica nem mão de obra especializada para em tão pouco tempo ( 2011-2014) podermos produzir os componentes aqui integrá-los no nosso caça, a menos que, oq ue se promete em ambas as propostas seja a introdução de sistemas não tão sensíveis assim como se promete, como disse só a FAB saberia dizer…
- O rafale é caro demais para FAB operar, quem pagaria a conta?
Não há dúvida que este é um ponto que pesa negativamente, porém creio que mais do que ninguém, a FAB está ciente disto e avaliou bem a questão logística e sabe o que está fazendo.
Porém gostaria de lembrá-los que este argumento não pode ser usado assim isoladamente, pois o atual orçamento de que dispomos não permite a operação de nenhum dos 3 concorrentes, porém se o Rafale for o melhor caça dos 3 concorrentes e se enquadrar naquilo que a FAB quer e precisa ele deve ser o escolhido, e para isto devemos então brigar pelo aumento do orçamento e não pela escolha do mais barato por justificar a falta dele.
Acredito piamente que se adecisão do governo for pelo Rafale ou mesmo pelo F 18, acredito que o governo suportará o a porte finaceiro tal como fez no programa dos submarinos questinados por muitos por não se ter a verba necessária.
Porém de mesma forma o governo investiu pesadamente no programa e o que se viu foram críticas de excesso de dinheiro e disperdicio, curiosamente por aqueles que até então criticavam a inexistência do tal orçamento.
Como bem disse o ministro, 2×1 “caças não são jujubas”
- Os EUA não transferem tecnologia e o Super Hornet seria um problema.
Infelizmente este é um ponto que pesa contra o Hornet porém não sabemos os detalhes envoltos na atual proposta americana, certamente a FAB e a Embraer avaliarão a viabilidade deste programa.
Porém que fique claro para todos que ninguém, absolutamente ninguém entregará a galinha do ovos de ouro, nem Boeing, nem Dassault nem SAAB e que esta questão será muito bem considerada pelas autoridades, é ilusão achar que 40 anos de pesquisa e investimentos seriam entregues a um “Aliado” pelo simples fato de que este comprará 36 ou até 150 Caças.
Se assim fosse o que a India não estaria recebendo pelo seu atual programa MMRCA, o maior program de aquisição de caças da atualidade que prêve a compra de 127 aviões?
É Preciso ser crítico neste ponto e as 3 propostas apresentam vantagens e desvantagens.
- Teremos capacidade de absorver as tecnologias transferidas e manter em constante desenvolvimento por longos prazos?
Esta é uma questão complexa de responder pois tudo dependerá da continuidade dos próximos governos, demora-se 20 anos para formar um engenheiro e cerca de US$ 100 000 para formá-lo, porém se não houver demanda e uma indústria robusta sustentada pela continuidade de posteriores programas militares, este engenheiro especializado vai certamente deixar o Brasil e procurar emprego na China ou qualquer outra nação que leve a sério os seus programas de defesa e que tenham políticas de proteção, fixação e desenvolvimento de conhecimento.
Bem, falei demais, para finalizar, deixo para os leitores apenas a seguinte observação, tenho um preferido na concorrência, mas não sou FAB, nem a EMBRAER, nem o Governo para decidir e ou saber de fato qual deles é o melhor para FAB.
Porém Tenho certeza que estas 3 instituições saberão escolher o caça ideal para o Brasil, bem como o melhor programa tecnológico.
Estou convicto de que a escolha decairá sobre os relatórios da FAB e sobre as opções Geopolíticas do Brasil para este novo século, de forma que apoiarei seja ela qual for, uma vez que como afirmo sempre os 3 caças são adequados para aquilo que a FAB quer.
Que vença o melhor para o Brasil.
O blog está aberto assim para aqules que queiram concordar ou discordar do que foi apresentado, fiquem a vontade para criticar…
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