COM ATRASO - Local da construção da Usina de Angra 3, cujas obras deverão ser retomadas em fevereiro, após obter licença da CNEN
Nordeste terá duas usinas nucleares
Eletronuclear fará propostas de locais ao governo em fevereiro
Kelly Lima - Estadão
Eletronuclear fará propostas de locais ao governo em fevereiro
Kelly Lima - Estadão
A Eletronuclear deve encaminhar ao governo federal, até o fim de fevereiro, cinco propostas de locais para a instalação de duas usinas nucleares no Nordeste. Pelo menos uma, próxima do Rio São Francisco, está praticamente certa de ser encaminhada.
"Não sabemos se será na foz ou no meio, mas a região que beira o São Francisco está sobre uma base calcária muito difícil de ser encontrada no País", disse o assistente da Presidência da Eletronuclear, Leonam Guimarães, em evento para discutir o tema, promovido pelo Clube de Engenharia.
Segundo ele, estão sedo estudadas microrregiões na Bahia, em Sergipe, Pernambuco e Alagoas. O governo deve escolher uma dessas propostas até o fim do ano. "A decisão será política e as duas usinas serão construídas no local, com possibilidade de ampliação para até seis unidades. O impacto econômico-social para a região escolhida será fantástico", afirmou.
Ele negou que haja riscos ambientais com a utilização da água do Rio São Francisco para a usina. "Ao contrário de Angra dos Reis, em que utilizamos a água do mar para refrigeração da usina, teremos uma torre de refrigeração que vai utilizar muito pouca água do rio."
As duas demais usinas programadas para até 2030 serão construídas no Sudeste, em área ainda a ser estudada. "Vamos começar esse procedimento apenas no final do ano, após o governo ter escolhido a localidade das primeiras duas. Cada uma das quatro unidades terá capacidade para gerar 1 mil megawatts (MW).
Segundo Guimarães, as obras para a construção de Angra 3 deverão ser iniciadas em fevereiro. Aguardam apenas a licença de construção que deverá ser concedida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Segundo ele, o atraso de pelo menos dois meses na concessão da licença se deve a uma ação movida pelo Ministério Público de Angra dos Reis, que visava suspender a licença parcial das obras, concedida no ano passado.
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