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"Precisamos melhorar" segurança antiterrorismo nos EUA, diz Obama

Do UOL Notícias - Com agências internacionais

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (5) que a segurança contra terrorismo nos Estados Unidos precisa "melhorar".

A declaração foi feita depois de uma reunião entre Obama e autoridades dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, que discutiram com o presidente as condições atuais de segurança no país.

A questão da ameaça terrorista contra território norte-americano voltou a ganhar destaque depois que o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, 23, conseguiu embarcar em Amsterdã (Holanda) em um avião da Northwest Airlines com destino a Detroit (EUA) levando consigo materiais explosivos, no último Natal.

O jovem foi rendido por passageiros durante o voo e a tentativa de atentado foi frustrada, mas o caso levantou críticas sob a eficiência das atuais medidas antiterroristas, já que o nome de Abdulmutallab constava de uma base de dados da inteligência norte-americana que registra meio milhão de pessoas com possíveis ligações com o terrorismo.

Segundo Obama, os EUA dispunham de informação suficiente para evitar o caso, mas a inteligência falhou "em ligar os pontos".

"O sistema falhou", afirmou Obama. "E é minha responsabilidade descobrir por que".

O presidente, que descreveu essa falha como "potencialmente desastrosa", pediu às equipes presentes na reunião de hoje que entreguem relatórios preliminares já essa semana, e adiantou que as bases de dados antiterrorismo e os sistemas de segurança aéreos serão revistos.

"Precisamos melhorar, e vamos melhorar", acrescentou Obama, que também prometeu acabar com a rede terrorista Al Qaeda "de uma vez por todas" e "onde eles estiverem".

Iêmen
Depois do incidente, uma ala da Al Qaeda no Iêmen assumiu a organização do ataque e aumentou a desconfiança internacional sobre o país. Desde então, embaixadas ocidentais no Iêmen intensificaram medidas de segurança, com medo de ataques terroristas, e os EUA anunciaram a suspensão da transferência de prisioneiros de Guantánamo, em Cuba, para o país da península arábica.

"Enquanto seguimos comprometidos com o fechamento da prisão [de Guantánamo], uma determinação foi dada para agora -- qualquer transferência adicional para o Iêmen não é uma boa ideia", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, nesta terça-feira (5). Atualmente, há cerca de 90 iemenitas em Guantánamo. A previsão era de que metade deles seria transferida para seu país de origem.

O governo do Iêmen também reagiu e enviou milhares de soldados para participar de uma campanha contra a Al Qaeda em três províncias, segundo uma fonte de segurança. As autoridades já teriam detido cinco suspeitos combatentes do grupo.