Fonte: Zero Hora - Fotos: Al-Jazeera / BD / AP / Reproduções - Via: Aviation News
Na mesma situação devem estar muitas pessoas ao redor do mundo: o amigo inofensivo ou o vizinho simpático podem, na verdade, ser criminosos procurados pela Justiça, daqueles considerados “armados e perigosos”. Às vezes, qualquer informação sobre o paradeiro desses homens pode render milhões de dólares para quem os denunciar. Alguns dos criminosos mais procurados do planeta, os 10 nomes a seguir valem, juntos, uma bolada: quase US$ 90 milhões (R$ 157 milhões). Alguns deles, porém, estão há anos nas listas de organizações como o FBI (polícia federal americana) ou do Tribunal Penal Internacional sem que nem pistas tenham surgido sobre seu paradeiro.
Recompensa US$ 27 milhões
Líder da rede terrorista Al-Qaeda, é procurado “vivo ou morto” pelos EUA por ter sido o mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001, que causaram a morte de quase 3 mil pessoas. Por todos esses anos, porém, tem conseguido escapar da maior caçada da história, escondido na fronteira entre Paquistão e Afeganistão. Bin Laden é acusado também pelos ataques a bomba contra as embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, que mataram 223 pessoas. Atualmente, está com 52 anos. O Departamento de Estado americano oferece US$ 25 milhões (R$ 43,5 milhões) por qualquer informação que leve até Bin Laden, e outros US$ 2 milhões (R$ 3,5 milhões) são oferecidos pela Associação de Pilotos de Companhias Aéreas e pela Associação de Transporte Aéreo dos Estados Unidos.
Recompensa US$ 25 milhões
Número 2 da Al-Qaeda, atrás apenas de Osama bin Laden, o egípcio de 58 anos é considerado o verdadeiro cérebro da organização terrorista e seu principal porta-voz. Diplomado na Faculdade de Medicina da Universidade do Cairo em 1974, também é o médico de Bin Laden. Al-Zawahiri integrou a Jihad Islâmica, grupo que luta para derrubar o governo egípcio e assassinou, em 1981, o presidente Anuar Sadat. A Interpol emitiu uma ordem de prisão contra ele, e o Departamento de Estado americano oferece uma recompensa equivalente a R$ 43,5 milhões por qualquer informação que possa levar a sua detenção.
Recompensa US$ 10 milhões
Líder espiritual do Talibã, tornou-se famoso por sua amizade com Osama bin Laden. Após praticamente dominar todo o Afeganistão, o mulá Mohammed Omar viu sua milícia de estudantes religiosos e guerrilheiros da época da resistência aos soviéticos ser derrotada pelos Estados Unidos em 2001, após a ofensiva em retaliação aos atentados de 11 de Setembro. O grupo, porém, tem recuperado espaço em uma insurgência que transformou o país em uma grande dor de cabeça para o governo americano. Homem recluso, Omar escondia-se na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Notícias recentes, contudo, indicam que ele viva atualmente na cidade paquistanesa de Karachi. Ele raramente sai de casa e poucas vezes foi fotografado. Acredita-se que tenha cerca de 40 anos.
Recompensa US$ 5 milhões
Incluído em novembro na lista de criminosos mais procurados pelo FBI (polícia federal americana), o palestino teria fabricado a bomba usada no atentado contra o voo 830 da Pan Am, em 11 de agosto de 1982, que matou uma adolescente e feriu 16 dos 297 passageiros a bordo. Em 1979, ele formou o grupo terrorista Organização 15 de Maio, que se propõe a defender a causa palestina utilizando a violência contra israelenses. Por ser perito em explosivos, é conhecido como o “Homem-Bomba”. Al-Umari tem hoje 73 anos e, segundo o FBI, está usando um passaporte libanês. Acredita-se que esteja vivendo no Líbano ou no Iraque.
Recompensa US$ 5 milhões
A baixa estatura (1m67cm) rendeu a Guzmán – o maior traficante de drogas do México – o apelido “El Chapo”, da palavra “chaparro”, “baixo” no espanhol usado pelos mexicanos. Além de figurar na lista dos criminosos mais procurados pelo FBI, neste ano também apareceu na relação dos homens mais poderosos do planeta elaborada pela revista Forbes. Guzmán, 55 anos, controla o Cartel de Sinaloa, especializado em levar cocaína da Colômbia aos EUA. Lidera uma batalha pelo controle das rotas de transporte de drogas que já deixou milhares de mortos. Desde que fugiu da prisão, em 2001, foi visto em países da América Central.
Recompensa US$ 5 milhões
É acusado de estar por trás de um dos piores genocídios da história: o massacre de mais de 800 mil pessoas em Ruanda, em 1994. Ele teria usado sua emissora de rádio para incitar a violência contra a população tutsi do país. Também forneceu armas, uniformes e transporte às milícias. Kabuga, 74 anos, é procurado pelo Tribunal Penal Internacional para Ruanda, que acusou altos funcionários do governo do Quênia de lhe dar abrigo. Os quenianos negam.
Recompensa US$ 5 milhões
Conhecido como o “Açougueiro de Srebrenica”, o comandante militar sérvio na Bósnia é acusado de comandar o massacre de 8 mil muçulmanos na cidade de Srebrenica, em 1995, e por outros crimes cometidos durante a Guerra da Bósnia (1992-1995). Mladic escapou da captura por todos esses anos, mas sua prisão e extradição continuam sendo a condição principal para uma eventual entrada da Sérvia na União Europeia (UE).
Goran Hadzic
Recompensa US$ 5 milhões
Antigo líder sérvio na Croácia, é procurado para responder por assassinato e pela deportação de centenas de pessoas no conflito entre sérvios e croatas, entre 1991 e 1995. Indiciado em 2004 pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) das Nações Unidas para a antiga Iugoslávia, por crimes contra a humanidade e violações das leis de guerra, desapareceu de sua casa no norte da Sérvia pouco antes do lançamento de uma operação para prendê-lo. Atualmente, Hadzic, 51 anos, estaria escondido na Bósnia, em Montenegro ou em Belarus.
James J. Bulger
Recompensa US$ 2 milhões
Recompensa US$ 11 mil
Chefe do Exército de Resistência do Senhor (LRA), guerrilha que tentou estabelecer um governo teocrático cristão em Uganda. Sob o comando de Kony, 45 anos, o LRA tirou mais de 2 milhões de pessoas de suas casas e sequestrou cerca de 60 mil (incluindo 30 mil crianças), forçando-as a lutar em sua campanha marcada por assassinatos e estupros. É procurado pelo Tribunal Penal Internacional. A recompensa equivalente a R$ 19 mil é oferecida pelo exército de Uganda.
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Miguel Junior.