O prédio do Hotel Villa Creole, um dos principais da capital Porto Príncipe, também foi afetado pelo forte terremoto que atingiu o país. Segundo a agência meteorológica dos Estados Unidos, esse foi o maior terremoto registrado na país nos últimos 200 anos.
Tropas brasileiras buscam sobreviventes em escombros de sede da ONU no Haiti
Fonte: UOL - Via BOL
Tropas brasileiras buscam sobreviventes em escombros de sede da ONU no Haiti
Fonte: UOL - Via BOL
A tropa brasiliera da Minustah (sigla em francês para Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti) buscam sobreviventes entre os escombros da sede da organização em Porto Príncipe, que desabou após o forte terremoto que atingiu o país nesta terça-feira (13).
"Neste momento, tropas brasileiras da missão se encontram no edifício para tentar resgatar pessoas, mas por enquanto não encontraram ninguém", disse em um encontro com a imprensa em Nova York o subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz, Alain Le Roy.
O responsável pelos capacetes azuis confirmou que o edifício das Nações Unidas, conhecido como Hotel Cristopher, situado na parte alta da capital haitiana, "desabou".
Além disso, assinalou que não se sabe quantos dos cerca de 250 empregados que trabalham no imóvel estavam no local durante o abalo, que aconteceu às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília), no final da jornada de trabalho.
"Sabemos que há baixas, mas não sabemos quantas", ressaltou Le Roy, que reiterou que há uma "grande quantidade" de empregados da ONU cujos paradeiros são desconhecidos.
Le Roy indicou que entre eles está o chefe da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), o tunisiano Hedi Annabi, que estava "junto a muitos outros" na sede da missão quando aconteceu o tremor.
Segundo o embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, a população brasileira no país é composta de cerca de 1.300 militares que integram a Minustah e mais 50 a 60 civis.
Os responsáveis da ONU explicaram que só puderam entrar em contato com o pessoal da Minustah através de telefones com conexões via satélite, já que a rede de telecomunicações haitiana ficou fora de serviço.
"Estão fazendo tudo o que podem e por enquanto o mais importante é resgatar as pessoas que estejam soterradas na sede", indicou Le Roy, que assinalou que "muitos outros edifícios caíram".
Além disso, disse que entre os edifícios que sofreram danos se encontra a Catedral de Porto Príncipe, o Palácio Presidencial, assim como a sede do Parlamento, numerosas casas e outros imóveis da capital haitiana.
"O que aconteceu é uma tragédia para o Haiti e para a missão de paz das Nações Unidas", acrescentou.
Por sua parte, o subsecretário-geral adjunto para Operações de Paz, Edmund Mulet, explicou que a outra sede dos capacetes azuis, localizada no complexo da ONU perto do aeroporto de Porto Príncipe também foi danificada, assim como o hospital do contingente argentino da Minustah.
Também não se sabe com certeza o estado das instalações e da pista do aeroporto da capital, e se ele poderá ser aberto na quarta-feira para pousos e decolagens, visando facilitar a chegada de ajuda humanitária.
Mulet assinalou que a ONU entrou em contato com o governo dos EUA, França e Canadá, entre outros, para fazer chegar ao Haiti equipes de resgate, assim como alimentos, água e outros produtos de primeira necessidade.
Ao mesmo tempo, o OCHA (sigla em inglês para Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU) já despachou uma equipe para que comece a avaliar os danos causados pelo terremoto e determine a ajuda imediata que se necessita.
A missão da ONU no Haiti conta com 7.000 militares e aproximadamente 2.000 policiais, além de cerca de 1.600 empregados civis, procedentes de 17 países.
A missão, que é militarmente dirigida pelo Brasil, foi criada em 2004 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para restaurar a ordem depois da violenta derrocada e saída do país do presidente Jean Bertrand Aristide.
Além do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Paraguai, Peru, Uruguai, Canadá, Estados Unidos, Espanha, França, Itália e Jordânia estão entre os países que fornecem forças militares e policiais à Minustah.
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