O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Colômbia confirmou, na sexta-feira, que o Brasil forneceria a logística para a libertação de dois reféns da guerrilha das Farc, que aconteceria, segundo a entidade, “em poucos dias”.
– O importante é que o governo do Brasil está disposto a fazer esta operação, que poderá incluir até duas operações, com duas aeronaves. Estes detalhes logísticos serão manejados quando o momento chegar – afirmou Cristophe Berney, representante do CICV na Colômbia.
A participação do Brasil na operação de libertação de militares colombianos já havia sido antecipada pela senadora de oposição Piedad Córdoba, que foi designada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) para receber os reféns.
Na quinta-feira em Brasília, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio García, ao ser questionado sobre a possibilidade, afirmou:
– “Se acontecer uma solicitação do governo colombiano e das Farc, estudaremos com simpatia esta hipótese.
O Brasil já participou em uma operação em fevereiro de 2009, quando as Farc libertaram dois políticos e quatro oficiais.
O governo colombiano prevê a libertação do sargento do Exército Pablo Moncayo, sequestrado há 12 anos, e o soldado Josué Daniel Calvo, assim como a entrega do corpo do major Julián Guevara, que faleceu no cativeiro.
O embaixador do Brasil na Colômbia, Valdemar Carneiro, participou de uma reunião quinta-feira na sede do CICV com o comissário de paz colombiano, Frank Pearl.
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