Autoridades chinesas afirmam ter fechado o que seria o maior site de treinamento de hackers do país e deteve três pessoas ligadas ao site, segundo informações da imprensa local. O "Black Hawk Safety Net" ensinava técnicas a hackers e oferecia downloads de software para seus 12 mil membros pagantes, informa o jornal Wuhan Evening News, mencionando declarações de policiais de Huanggang.
Três pessoas suspeitas de manter o site foram presas. O "Black Hawk Safety Net" disseminava técnicas de invasão e programas "cavalo-de-troia", que permitem acesso remoto a computadores quando são instalados, normalmente sem o conhecimento do internauta.
Segundo o jornal, o site tinha mais de 12 mil assinantes e recebia cerca de US$ 1 milhão em mensalidades. Outras 170 mil pessoas participavam sem pagar. A polícia apreendeu nove servidores, cinco computadores e um carro.
A investigação envolveu 50 policiais de três províncias e teve início após um ataque originado em um cybercafe em 2007 que deixou dezenas de serviços web fora do ar por 60 horas. Alguns dos suspeitos alegaram ser membros da "Black Hawk Safety Net".
O site da Black Hawk, 3800hk.com, não está acessível, mas mensagens distribuídas em fóruns dizem que existem backups de todas as informações e arquivos. Elas também asseguram que o site continuará operando.
"Existem internautas mal intencionados que deliberadamente destruíram a reputação do Black Hawk, enganaram nossos membros e roubaram material. Devemos unir forças e atacar esses websites", diz o comunicado.
As ações dos cibercriminosos da China atraíram atenção internacional depois que o Google ameaçou deixar o país por conta de uma invasão ao Gmail originada no país asiático. A China negou o envolvimento no ataque e disse que não tolera esse tipo de atividade.
Wuhan coincidentemente abriga a Academia do Comando de Comunicações, que treina hackers, de acordo com um depoimento de James Mulvenon, especialista em segurança na computação, ao Congresso americano, em 2008.
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