Lula faz sobrevoo de helicóptero sobre a capital Porto Príncipe (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência)
Brasileiro foi recebido pelo presidente René Préval.
Terremoto atingiu o país em janeiro, deixando mais de 200 mil mortos.
Do G1, em São Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou nesta quinta-feira (25) ao Haiti para expressar seu apoio ao povo haitiano pelo terremoto que devastou parte do país e para assinar acordos bilaterais em matéria de educação e agricultura. Essa é a terceira visita oficial de Lula ao Haiti.
Lula foi recebido pelo presidente René Préval e sobrevoou a capital Porto Príncipe de helicóptero. O terremoto que atingiu o país deixou mais de 200 mil mortos.
Em seguida, Lula se dirigiria à base do batalhão brasileiro da Missão de Estabilização das Nações Unidas (Minustah), onde assistiria a uma cerimônia de formatura das tropas do país, que lidera a missão. Também está previso um encontro com o presidente haitiano, René Préval, e com o primeiro-ministro Jean-Max Bellerive.
Na visita, serão assinados acordos para a reconstrução e fortalecimento da educação superior do Haiti, acordos para a construção de cisternas para captação de água de chuva e um outro acordo que visa estudar e fortalecer a agricultura familiar.
De acordo com o Blog do Planalto, o governo brasileiro vai doar 14 toneladas de alimentos e US$ 15 milhões ao país.
René Préval e Lula no desembarque em Aeroporto no Haiti (Foto: Cláudia Bomtempo/TV Globo)
Em 12 de janeiro, terremoto atingiu o país e deixou mais de 200 mil mortos.
Lula faz primeira visita após a tragédia e busca fortalecer governo local.
Cláudia Bomtempo Da TV Globo, no Haiti - G1
O presidente brasileiro afirmou que os líderes interessados em ajudar o Haiti devem fazer "gestão junto aos credores, Banco Mundial e FMI" para obter a anistia da dívida externa do país. "O mundo precisa dar demonstração de que quer ajudar (...) anistiando essa dívida", disse. Segundo ele, a dívida é de US$ 1,3 bilhão.
O presidente admitiu ainda que o gesto não resolverá todos os problemas do país, mas permitirá que sejam estabelecidas novas linhas de ação. O terremoto que atingiu o país deixou mais de 200 mil mortos.
"Quero dizer que, se o Brasil já tem feito política de solidariedade, estejam certos que vamos fazer muito mais porque as coisas no Haiti são muito mais graves do que a gente imaginava", declarou o presidente.
Ao mesmo tempo em que defendeu o perdão da dívida e reafirmou a gravidade dos estragos, Lula deixou claro o desejo de fortalecer a ação dos próprios haitianos nos trabalhos de reorganização da estrutura. "É importante fortalecer o governo do Haiti", disse Lula.
O presidente lembrou que chega ao Haiti após ter participado de duas cúpulas, durante as quais percebeu disposição dos líderes para fazer "qualquer sacrifício" pelas vítimas da tragédia. Segundo ele, ficou combinado que parte da doação em dinheiro acertada entre os participantes da reunião será direcionada diretamente ao orçamento do Haiti, para que o próprio país "decida o que fazer".
Orgulho
Durante a visita à base do batalhão brasileiro da Missão de Estabilização das Nações Unidas (Minustah), onde participou da cerimônia de formatura das tropas do país, o presidente elogiou os soldados. "Embora vocês não precisem de medalhas, eu poderia dizer: poucas vezes na história do Brasil as Forças Armadas foram motivo de tamanho orgulho para o povo brasileiro como têm sido pelo seu comportamento e trabalho", disse.
No Haiti, Lula assinou acordos para a reconstrução e fortalecimento da educação superior do Haiti, contratos para a construção de cisternas para captação de água de chuva e outro para fortalecer a agricultura familiar. De acordo com o Blog do Planalto, o governo brasileiro vai doar 14 toneladas de alimentos e US$ 15 milhões ao país.
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