MiG-29 Fulcrum polacos

Ao contrário da maioria dos países do Leste da Europa que faziam parte do Pacto de Varsóvia, a Polónia optou por continuar a voar os seus aviões de origem soviética. De facto, não só usa ainda os seus antigos MiG-29 e Su-22, como até reforçou o número dos primeiros adquirindo aparelhos que antes tinham voado na Alemanha de Leste e na República Checa. Com este reforço, os MiG-29 polacos deverão manter-se ativos até pelo menos 2028, algo que só será possível atualizando constantemente estes aparelhos e, eventualmente, comprando ainda mais Fulcrums usados para efeito de canibalização de peças.

Força Aérea Polaca mantém um tempo mínimo de voo de 80 horas de voo anuais para os pilotos dos MiG-29 e de 180 horas para os pilotos dos seus F-16.

Cerca de 75% dos F-16 estão operacionais apresentando estes aviões uma taxa de avarias idêntica à dos aviões de origem russa na época da Guerra Fria, com uma avaria de um F-16 a cada sete horas de voo, enquanto que tal sucede ao MiG-29 a cada cinco horas e com o ainda mais antigo, mas muito mais robusto, Su-22, com uma avaria apenas de dez em dez horas!

Atualmente, a Força Aérea Polaca tem 128 aviões (nos tempos do Pacto de Varsóvia chegou a ter 600) e quando em 2015 os Su-22 forem retirados este número descerá ainda mais, para 80. Como segundo obrigações NATO, o país deverá manter 120 aparelhos, é certo que a Polónia terá que comprar mais F-16 e que a frota de MiG-29 terá que se manter aos números atuais, havendo rumores que serão adquiridos alguns aviões sul-coreanos T-50 e A-50 para complementar estes dois tipos de aeronaves.

Fonte: Air Forces Monthly - Via: Quintus - Por: Clavis Prophetarum