Ataques virtuais estão mirando infraestruturas críticas, como redes de transmissão de energia elétrica, refinarias de petróleo e gás, empresas de telecomunicações e redes de transporte, de acordo com a pesquisa "Sob Fogo cruzado: Infraestruturas Críticas na Era da Ciberguerra", elaborada pelo Centro de Estudos Estratégicos Internacionais por encomenda da empresa de segurança McAfee.
O estudo foi divulgado na semana passada, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).
Dos 600 executivos de segurança de tecnologia da informação ouvidos pela pesquisa, 54% afirmaram que suas empresas já foram vítimas de ataques de grande escala ou infiltrações clandestinas de grupos de crime organizado, terroristas ou de nações.
Brasil
Quase 60% dos participantes do estudo no Brasil -país apontado no relatório como um dos mais vulneráveis- acreditam que governos estrangeiros estiveram envolvidos em ataques cibernéticos contra infraestruturas críticas locais.
Ainda de acordo com a pesquisa, os brasileiros consideram que as leis nacionais são inadequadas para identificar e punir criminosos virtuais.
Segundo o estudo, o custo médio estimado por inatividade associado a um incidente de grandes proporções é de US$ 6,3 milhões por dia.
"O transporte público, as redes de energia elétrica e as telecomunicações são sistemas dos quais dependemos todos os dias. Um ataque em qualquer um deles poderia causar perturbações generalizadas de ordem econômica, desastres ambientais, perda de propriedades e até mortes", afirmou Dave DeWalt, presidente e executivo-chefe da McAfee.
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