China diz que sanções não resolverão questão nuclear do Irã
O ministro do Exterior da China afirmou neste domingo que novas sanções não vão resolver o impasse sobre o programa nuclear do Irã e também culpou os Estados Unidos pelas tensões recentes na relação entre chineses e norte-americanos.
"Como todos sabem, pressões e sanções não são o melhor jeito de resolver o tema nuclear do Irã", disse o ministro Yang Jiechi à jornalistas.
Os Estados Unidos e potências ocidentais querem que a China aprove uma proposta no Conselho de Segurança com novas sanções contra Teerã. Segundo o Ocidente, o Irã busca formas de construir uma bomba atômica e tem violado acordos de não proliferação nuclear.
Pequim já resistiu antes a sanções contra os iranianos, seus grandes fornecedores de petróleo. O ministro, na entrevista, enfatizou a relutância do país.
"Francamente, há algumas dificuldades envolvendo os esforços para resolver o tema nuclear iraniano, mas não achamos que os esforços diplomáticos foram esgotados", afirmou.
Teerã nega que queira fazer uma bomba atômica e diz que o seu programa é para geração de eletricidade.
O rascunho de uma resolução feito pelo Ocidente amplia as restrições financeiras, mas não pede sanções contra a indústria de óleo e gás iraniana.
A China é um dos cinco membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas com poder de veto.
O Brasil, que ocupa atualmente uma vaga rotativa no Conselho, também defende o diálogo em vez de sanções para tratar a questão nuclear iraniana
O tópico Irã é um dos que no momento têm tensionado as relações entre China e EUA. Recentemente, os dois países tiveram atritos sobre comércio, controle chinês sobre a Internet, venda de armas norte-americanas para Taiwan e em relação ao encontro entre o presidente Barack Obama e o líder tibetano Dalai Lama.
O ministro Yang culpou os Estados Unidos pelo desgaste. "Acredito que os EUA entendem muito bem os principais interesses e preocupações da China", disse ele, referindo-se a Taiwan e ao Tibet.
Fonte: G1 - Por Chris Buckley e Ben Blanchard - Reportagem adicional de Emma Graham-Harrison
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Mais de 1,2 milhões de iraquianos sofreram mortes violentas desde a invasão em 2003, de acordo com um estudo realizado pelo prestigiado instituto de pesquisa britânico Opinion Research Business (ORB). Estes números sugerem que as mortes causadas pela invasão e ocupação do Iraque competem em número com os assassinatos em massa do século XX, o número de mortos no Iraque ultrapassa em 800 000 a 900 000 vítimas o genocídio em Ruanda, em 1994 e agora está já próximo ao número de 1,7 milhões de mortos nos famosos ´campos da morte´ do Khmer Vermelho, nos anos 70 do século passado.
http://tribunaliraque.info/pagina/artigos/depoimentos.html?artigo=644
Humildemente, o Conversa Afiada confessa que não tem condições de divergir da colonista (*) Eliane Cantanhêde, da Folha (*):
Cantanhêde dispõe de informações que a Agência Internacional de Energia Atômica e os Estados Unidos não tem: que o Irã ameaça enriquecer o urânio até 80% e fazer a bomba:
EUA batem de frente com o regime Irãniano de Mahmoud Ahmadi-nejad, enquanto o Brasil defende diálogo e negociação, apesar da crescente ameaça do Irã de enriquecer urânio a 20% para chegar até 80%, o que significar ficar a um passo das condições de fabricar a bomba atômica, disse ela no domingo, para a perplexidade mundial.
Isso é um furo galáctico e deveria ilustrar a primeira página do New York Times e do Financial Times: o Irã vai para 80% de enriquecimento e fará a bomba.
http://democraciapolitica.blogspot.com/2010/03/o-brasil-e-o-ira-tem-direito-bomba.html