Parentes dos 46 tripulantes do navio que explodiu e desapareceu na Coreia do Sul se mostram nervosos em meio à busca por sobreviventes realizada por equipes de resgate neste domingo. Nenhuma vítima foi encontrada desde que a misteriosa explosão ocorreu, na madrugada de sexta-feira, perto da tensa fronteira com a Coreia do Norte. O presidente Lee Myung-bak se recusou a dizer que não há esperança.
Cerca de 80 familiares passaram pelo local a bordo de um navio de patrulha e assistem às buscas. O sargento Shin Eun-chong, de 24 anos, sobreviveu à explosão. Ele disse à família no sábado que realizava deveres noturnos quando ouviu uma grande explosão atrás e saltou da embarcação.
O navio realizava patrulhamento de rotina com outros barcos no Mar Amarelo, na costa Oeste da Coreia do Norte. O motivo exato da explosão - um dos piores desastres navais da Coreia do Sul - ainda é desconhecido e, segundo autoridades, levará semanas para determiná-lo. Ondas e ventos dificultam as operações na área onde as duas Coreias tiveram três confrontos navais desde 1999. Apesar da localização do naufrágio, a Coreia do Norte parece não estar envolvida.
O general Walter Sharp, chefe de 28,5 mil soldados dos Estados Unidos na Coreia do Sul, afirmou hoje em pronunciamento por escrito que "não detectamos nenhum ''movimento especial'' pelas forças da Coreia do Norte; entretanto, como um comando, nós precisamos continuar monitorando a situação e permanecer preparados para qualquer contingência". As tropas da Coreia do Sul estão mantendo "preparação militar sólida", segundo o Ministério da Defesa. Os Estados Unidos poderão integrar as operações de resgate na segunda-feira.
O navio Cheonan naufragou a cerca de 1,6 km da Ilha Baengnyeong, localizada a 16 km da Coreia do Norte. As Coreias continuam em estado de guerra porque seus conflitos de três anos de duração terminaram em uma trégua, e não num tratado de paz, em 1953.
De acordo com a Casa Azul (presidência), "o presidente disse que os máximos esforços precisam ser dedicados, acreditando que os tripulantes desaparecidos ainda estejam vivos e que nós nunca perderemos a esperança". Neste domingo, o primeiro-ministro Chung Un-chan navegou até a região do naufrágio, depois de sobrevoar a Ilha Baengnyeong para vistoriar as operações de resgate.
Fonte: Agencia Estado
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