Frota de Gripen da Força Aérea da África do Sul
voará apenas 550 horas em 2010
A expressiva frota de caças supersônicos Saab Gripen, de fragatas e submarinos da África do Sul, que deveriam ser mantidos operacionais graças ao pagamento dos impostos de sua população, devem permanecer no solo e nos portos pelos próximos três anos, tudo porque o país não tem dinheiro para mantê-los em operação.
Segundo o departamento de Defesa da África do Sul, a verba recebida hoje é insuficiente para manter os meios aéreos e navais trabalhando em plenas condições. No caso da força aérea, os 11 novos exemplares do Gripen que atualmente estão em serviço só voarão 550 horas em 2010. Para os dois anos seguintes a situação fica ainda mais alarmante, pois esse número será reduzido para 250 horas em cada ano.
Para o período de 2011 os 18 navios em serviço na marinha ficarão no mar apenas 10 mil horas, ou seja, cada embarcação poderá permanecer em média 23 dias fora dos portos. Em 2012 e 2013, serão apenas 9 mil horas por ano.
“Sobre a força aérea, nós temos 11 Gripen e 550 horas de voo disponíveis para este ano, número este que é menos da metade necessária comparando-se aos padrões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por exemplo. A maior parte dessas horas serão utilizadas durante a Copa do Mundo, ou seja, de julho até o final do ano fiscal, esses aviões ficarão em solo dentro dos hangares”, disse David Maynier, membro do Parlamento do Governo da África do Sul.
Apenas como comparação, a Otan exige que um piloto de caça voe não menos de 20 horas por mês, totalizando 240 horas de voo por ano. “De acordo com essas exigências, nossa força aérea teria a condição de manter apenas dois pilotos nesses padrões”, explicou.
“E isso ficará pior nos próximos anos. Uma vez que todos os 26 Gripen estiverem em serviço, a frota voará apenas 9,6 horas por ano”, completou.
Fonte: Revista Asas
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