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Funcionários do Pentágono aprenderão técnicas de hackers para defender redes militares

"Para vencer um hacker, você precisa pensar como um". Foi dessa forma que Jay Bavisi, presidente do Conselho Internacional de Comércio Eletrônico (EC-Council), justificou a contratação de sua empresa pelo Pentágono para uma missão polêmica. Os funcionários do Departamento de Defesa dos EUA vão aprender técnicas de invasão de sistemas, usando como cobaias os computadores do próprio Pentágono.

A EC-Council vai supervisionar o treinamento de funcionários do Departamento de Defesa que trabalham em funções ligadas a segurança de redes de informática com o objetivo de ensiná-los a se defender de ataques virtuais. Ao final do curso, cada funcionário ganhará um "certificado de hacking ético" .

Bavisi disse à CNN que o "treinamento foca no ensino da arte de hackear, utilizando as mesmas ferramentas e truques que das quais hackers se valem para invadir redes". Os funcionários usariam esse treinamento para invadir os computadores do departamento. Conforme encontrassem vulnerabilidades, removeriam as falhas.

- Seu único objetivo é defender a rede, mesmo que isso signifique agir de forma semelhante a dos cibercriminosos - disse Bavisi, garantindo que os funcionários que receberem o certificado não serão realocados pelo Pentágono para invadir computadores de pessoas ou empresas privadas.

Esse tipo de ação já havia sido feita antes, mas agora todas as seções do Departamento de Defesa são obrigadas a incluir treinamento hacker para seus funcionários. O treinamento dura 40 horas e inclui 4.500 páginas de leitura sobre as mais recentes técnicas de invasão. A empresa receberá entre US$ 450 e US$ 2.500 por aluno, dependendo do grau de qualificação.

Computadores do Departamento de Defesa sofreram quase 45 mil ataques no primeiro semestre de 2009, segundo relatório do governo. Evitar esses ataques custa ao pentágono cerca de US$ 100 milhões no ano passado, que viu um crescimento do número de agressões de 60% em relação a 2008.

Fonte: O Globo