Pinheiro Guimarães assegura que Rafale seria 'uma bela aventura'
O secretário brasileiro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, afirmou que o caça francês Rafale seria o ponto de partida de uma "bela aventura" para o Brasil e sua indústria de defesa, em uma entrevista que será publicada pela revista francesa Defense em sua edição de abril.
"Na medida em que determinadas partes serão produzidas no Brasil, o programa Rafale nos permite obter progressos substanciais nas áreas científica, tecnológica e comercial, sem contar com os benefícios em matéria de terceirização", ressaltou Pinheiro Guimarães.
O secretário brasileiro disse que "a opção do Rafale corresponde absolutamente" à "gestão" do vasto espaço aéreo brasileiro, nessa entrevista concedida à revista dos antigos editores do Instituto de Altos Estudos de Defesa Nacional (IHEDN, siglas em francês).
O avião de combate Rafale, da francesa Dassault, disputa um contrato de vários bilhões de dólares com o Brasil para a venda de 36 aeronaves com o F/A-18 Super Hornet, da americana Boeing, e com o Gripen NG, da sueca Saab.
O Brasil pretende modernizar suas Forças Armadas e quer adquirir novos aviões de combate para a Força Aérea, embora a prioridade do governo seja a transferência de tecnologia.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse em várias ocasiões que a decisão final será política.
"Quando o presidente Lula disse que 'compra o conhecimento mais do que um avião', quer manifestar toda a importância que atribui à troca de informações para os pilotos e os mecânicos, e também para os engenheiros", disse o alto funcionário brasileiro.
"É uma bela aventura", se entusiasmou Pinheiro Guimarães antes de ressaltar que o projeto marcaria uma "colaboração estratégica franco-brasileira que também se refere a helicópteros, transporte terrestre de tropas, submarinos clássicos e uma participação na concepção do SNA brasileiro (submarino nuclear de ataque) até 2020".
O ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, reiterou dias atrás que o Rafale leva vantagem sobre seus concorrentes sueco e americano em matéria de transferência de tecnologia, em declarações divulgadas pelo jornal O Globo.
Da France Presse - Via G1
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