Irã prende líder rebelde sunita
Fonte: Reuters - Via O Globo
O Irã prendeu nesta terça-feira o líder do grupo sunita muçulmano Jundalla (Soldados de Deus), Abdolmalek Rigi, informou a mídia iraniana. O país predominantemente xiita afirma que o Jundalla é ligado à rede terrorista al-Qaeda e acusa o Paquistão, o Reino Unido e os Estados Unidos de apoiarem o grupo para desestabilizar o país. Os três países negam a acusação.
O Jundalla, que acusa o governo iraniano de discriminação contra os sunitas, está por trás de vários incidentes com mortes nos últimos anos. O grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque de 18 de outubro , o mais mortal do Irã desde a década de oitenta, que matou mais de 40 iranianos, incluindo 15 da Guarda Revolucionária.
O Irã afirma que o Jundalla tem bases no Paquistão, sugerindo ligações com os serviços de inteligência paquistaneses. Autoridades iranianas disseram que Righi foi detido brevemente em 26 de setembro, na província paquistanesa de Baluchistan, mas disseram que o Paquistão o libertou antes do ataque de outubro.
O ministro do Interior iraniano, Mostafa Mohammad-Najjar, confirmou que desta vez Rigi foi preso fora do Irã e transferido em seguida para o país. A Press TV iraniana disse que ele foi detido a bordo de um voo que iria de Dubai para o Quirguistão na Ásia Central. Mas de acordo com o deputado iraniano Mohammad Denghan, o suspeito foi preso quando sobrevoava o Golfo a bordo de um avião que viajava do Paquistão para um país árabe.
- A prisão de Rigi por nossas forças de segurança indica a predominância dos serviços de inteligência do Irã na região - destacou o ministro do Interior.
Nota: O Ocorrido lembra fato ocorrido de 1985 Quando seqüestradores tomaram de assalto ao navio italiano de cruzeiro Italiano Achille Lauro ...
No dia 7 de outubro de 1985, um comando de quatro membros da Frente de Libertação da Palestina (FLP) invadiu o navio de cruzeiro perto de Alexandria (Egito), seqüestrando os 450 passageiros e os tripulantes. O grupo exigia a libertação de 50 presos palestinos em Israel.
A Organização de Libertação da Palestina (OLP), à qual pertence a FLP, enviou a Porto Saïd (Egito) Hani al-Hassan, um dirigente do Fatah, e Abu al-Abbas, o líder da FLP, para negociar com o comando palestino.
Em 8 de outubro, um passageiro judeu americano inválido, Leon Klinghoffer, foi assassinado a sangue frio e seu corpo atirado ao mar pelos sequestradores.
Em 9 de outubro, os quatro sequestradores se entregaram em Porto Saïd.
Em 11 de outubro, vários caças F-14 americanos do Saratoga desviaram um avião egípcio (737 da Egyptair) que transportava os sequestradores e Abu al-Abbas, cujo nome verdadeiro era Mohamed Abbas. O avião pousou em Signonella, na Sicília, e os piratas foram entregues às autoridades italianas.
Em 12 de outubro, os quatro membros do grupo terrorista foram acusados de homicídio, desvio de navio e seqüestro.
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