Avião Hercules C130 da Esquadra de Transporte 501 "Os Bisontes" da Força Aérea Portuguesa, efectuou um voo de treino com lançamento de carga, sobre a Base Aérea do Montijo, no âmbito do seu 30º aniversário, Montijo, 12 de Setembro de 2007. MIGUEL A. LOPES / LUSA
Defesa poupa 750 milhões de euros até 2013
O corte de 40% nas verbas anuais da Lei de Programação Militar (LPM) até 2013, adiando novos programas de modernização das Forças Armadas, permitirá poupar 750 milhões de euros.
Esse valor resulta da consulta ao mapa da LPM aprovada em 2006, que previa 413,5 milhões de euros para este ano, 465,9 milhões em 2011, 571 milhões em 2012 e 425,3 em 2013. Tudo somado, o corte traduz-se numa redução de 750 milhões de euros no investimento em novos sistemas de armas.
"Para as Forças Armadas não é uma perda, é a acentuação da perda" em anos anteriores por efeito das cativações aplicadas, observou ontem o general Loureiro dos Santos ao DN. "A situação [da economia portuguesa] afecta a independência nacional" e os militares são sensíveis a isso, mas "é preferível construir um TGV para Madrid destinado só a passageiros" em detrimento da aposta num "instrumento decisivo da política externa?", questionou o ex-ministro da Defesa.
Um programa que não será afectado é o da modernização dos aviões militares C-130, pois "não representa um novo compromisso, mas uma fase necessária na actual etapa do ciclo de vida" dos aparelhos (garantindo que vão poder voar sem limitações sobre a Europa), disse o Ministério ao DN.
O ministro da tutela, Augusto Santos Silva, reafirmou ontem que a proposta permitirá "honrar compromissos já contratualizados, que no seu conjunto significam um nível de investimento da modernização das Forças Armadas como nunca o país conheceu em tempo de paz".
Fonte: Diário de Noticias Portugal
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