O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, fará uma visita ao Brasil em meados de abril – a data final ainda está sendo negociada.
Segundo a Folha apurou, as discussões com o governo brasileiro deverão ter como foco as negociações militares, a política regional e a elaboração de um documento de parceria estratégica.
Gates deverá passar também por outros países da América do Sul que ainda não foram anunciados. A viagem ao Brasil ocorre após convite do ministro Nelson Jobim (Defesa), que se encontrou com o secretário americano em Nova York no mês de fevereiro.
Pelo menos um grande negócio será discutido. A Embraer quer fornecer aviões Super Tucano para a Marinha dos EUA, e já há tratativas para uma eventual compra, que pode chegar a 200 unidades.
caças
Já a compra de caças pela FAB, negócio bilionário que se arrasta há uma década e tem um concorrente americano na disputa, não deverá ser discutida caso o cronograma anunciado por Jobim seja cumprido. Ele diz que a escolha ocorrerá até a Páscoa, e o F-18 americano é dado como descartado.
O temor em alguns setores do governo e da indústria é de que a quase certa escolha do caça francês Rafale pelo Brasil afete a compra dos Super Tucanos e outros negócios da empresa brasileira, que depende de fornecedores americanos. Para os EUA, mesmo se o F-18 não for escolhido, a seleção do preferido da FAB, o sueco Gripen, seria mais palatável.
Gates deverá também avançar na negociação de um acordo de parceria estratégica com o Brasil, mas sabe que há resistências no Itamaraty em torno de uma percepção de alinhamento a Washington. É mais provável que seja anunciada uma parceria mais genérica.
Tensão regional
O secretário americano deverá ainda manter conversas sobre um dos focos de tensão regional, o contencioso Venezuela-Colômbia. O antagonismo da pró-EUA Bogotá e a anti-EUA Caracas é uma das situações mais inflamáveis no subcontinente hoje. Alguns no lado brasileiro esperamque a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) entre na pauta.
A questão do uso de sete bases em território colombiano pelos EUA, que gerou protestos brasileiros e uma crítica estridente de boa parte da Unasul ano passado, por ora é dada como resolvida.
No ano passado, a Unasul firmou um documento que diz que “os EUA se comprometem formalmente” a fazer com que pactos não sejam fonte de ameaça também à estabilidade e que não terão efeito sobre nem o território nem espaço de outros Estados.
A visita de Gates chega pouco após o Brasil receber a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, no começo do mês. O presidente Barack Obama também poderá ir ao país ainda neste semestre. Para analistas, porém, existem poucas chances de haver uma aproximação prática real, devido à divergência de interesses.
Fonte: Folha de São Paulo
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EUA devolvem ao Japão controle sobre tráfego aéreo em arquipélago
Tóquio, 31 mar (EFE).- Os Estados Unidos devolveram nesta quarta-feira ao Japão o controle do tráfego aéreo sobre a principal ilha do arquipélago de Okinawa, base da maioria das forças norte-americanas em território japonês, informou a televisão estatal NHK.
Com uma cerimônia simbólica, o Japão recuperou os direitos de controle do tráfego aéreo sobre Okinawa (sul do país) pela primeira vez desde 1972, ano em que os EUA devolveram ao país asiático a administração do arquipélago que tinha ocupado após a Segunda Guerra Mundial.
Cerca de 50 autoridades, incluindo representantes do Ministério de Transporte japonês e do Exército americano, participaram na terça-feira de uma cerimônia no aeroporto de Naha, o principal de Okinawa, para marcar de maneira simbólica a transferência, que foi efetivada à 0h de quarta pelo horário japonês (12h de terça em Brasília).
http://br.noticias.yahoo.com/s/31032010/40/mundo-eua-devolvem-japao-controle-trafego.html
Putin se encontrará com opositores dos EUA na Venezuela
MOSCOU (Reuters) - A Rússia vai fortalecer seus laços nos setores de energia e armas com a América Latina quando o primeiro-ministro Vladimir Putin viajar a Caracas nesta semana para se reunir com dois dos maiores adversários dos Estados Unidos, os presidentes da Venezuela e da Bolívia, Hugo Chávez e Evo Morales.
"É sempre uma boa chance para Putin demonstrar aos Estados Unidos que temos muitos amigos no mundo inteiro", disse Fyodor Lukyanov, editor da revista Russia in Global Affair