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Sukhoi T-50: algumas notas e dúvidas

O primeiro voo do Sukhoi T-50 inundou de euforia muita gente… Mas muitos duvidam da capacidade da empresa aeronáutica russa para terminar o seu desenvolvimento e começar a fabricar este tipo de aparelho já em 2015, como indicam fontes oficiais russas…

O T-50 foi nitidamente concebido tendo em conta a furtividade, com baías de armamento internas. Mas continua a ser no essencial um Flanker (criado em 1977) agora com o aspecto externo de um F-22A Raptor, já que não tem motores de Supercruise, lhe falta um radar AESA. Poderá ser um par do F-35, mas ainda não do F-22, não pelo menos na sua forma atual.

É certo que na sua forma atual, o T-50, ainda é um avião nas suas primeiras fases de desenvolvimento. E se o Raptor entre o seu primeiro voo em 1990 e o primeiro uso operacional em 2005, esteve dez anos em desenvolvimento, como conseguirá a Sukhoi encurtar esse prazo para apenas cinco anos?

O protótipo T-50 apresentou várias superfícies em metal, o que indica que estas serão substituídas por materiais compósitos noutros protótipos e certamente, quando este avião furtivo chegar às linhas de produção, já que é difícil acreditar que um avião furtivo não use este tipo de materiais em abundância.

O T-50 apresenta os motores muito separados um do outro, o que garante excelente manobrabilidade com os seus jatos vetoriais, assim como bom espaço para armamento interno (um dos problemas do Raptor) ou espaço para combustível. As baías externas deverão ser usadas para mísseis ar-ar e serão complementadas por baías externas de armamento que nem sempre serão preenchidas de forma a baixa a elevada furtividade do aparelho.

Os motores que irão equipar o T-50 serão fabricados pela Saturn e serão completamente novos, não um desenvolvimento dos 117S, como se chegou a afirmar. Mas estas declarações da Saturn foram pouco depois desmentidas pelo vice-primeiro ministro russo Sergei Ivanov que disse que “a questão dos motores ainda está por dizer”, e que os motores do aparelho poderiam mesmo ser afinal os 117S que equipam os 3 protótipos. O que permitirá talvez cumprir o calendário de 2015, já que o novo motor supercruise só estará pronto lá para 2020, pelo menos…

O radar AESA está a revelar-se como outra dificuldade do T-50. O radar está a ser concebido pela Tikhomorov NIIP e está atualmente a ser testado no solo, devendo estar pronto para testes no protótipo do T-50 a partir de meados de 2010.

O T-50 continua a tradição russa de fabricar aviões capazes de transportarem grandes cargas de armamento, bem superior ao F-22, diga-se e na melhor tradição do Su-27.

A Índia é um parceiro importante deste programa (financiando 25% do seu custo total) e será cliente de metade dos 500 aparelhos já encomendados. O seu T-50 será o bilugar T-50UB, uma versão própria, desenvolvida pela empresa indiana HAL, a partir do T-50 original.

Fonte: Military.com - Via Quintus