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Argentina e Rússia assinam acordo de cooperação nuclear

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, destacou a "associação estratégica" de seu país com a Argentina, ao assinar uma série de acordo com a mandatária Cristina Fernández de Kirchner em Buenos Aires.

"A relação entre a Argentina e a Rússia avançou, trata-se de uma relação muito madura, é uma associação estratégica", comentou o líder russo, que ontem realizou uma visita oficial ao país latino-americano.

Durante uma reunião, os dois presidentes assinaram acordos no âmbito energético, ferroviário e mineral, além de memorandos de cooperação nas áreas de defesa e produção.

Um dos tratados prevê ações conjuntas entre a estatal russa Rosatom e o Ministério de Planificação da Argentina, entre elas o desenvolvimento do projeto de produção de energia nuclear para fins pacíficos.

Este projeto prevê investimentos de US$ 3 bilhões para a ativação da central energética Atucha II, que deve operar na capital argentina até o fim do ano.

A presidente argentina comentou que todos os países, "inclusive o Irã", "devem submeter-se aos controles, sem que isso signifique paralisar o desenvolvimento nuclear, ao qual todos têm direito".

Em uma coletiva de imprensa após o encontro com Medvedev, Cristina ressaltou que "hoje é um dia muito especial", porque, "em 200 anos de história da Argentina, uma presidente mulher da Argentina recebe o primeiro presidente russo que visita o país".

Os dois chefes de Governo também destacaram que firmaram "importantes acordos" e que o comércio bilateral "se multiplicou muito desde 2003".

Durante a visita de Medevev, foi anunciado que um grupo de 40 empresários argentinos viajará a Moscou entre os próximos dias 6 e 10 de junho, em uma missão organizada pelo Ministério da Indústria de Buenos Aires.

O governo argentino irá custear 50% das despesas dos empresários, que representarão os setores agrícola, industrial e de maquinário, além de organizar a logística das reuniões na Rússia.

Na coletiva de imprensa, a mandatária lamentou ainda os atentados cometidos no fim do mês passado no metrô da Rússia. "O mundo mudou e a tensão Leste-Oeste culminou", observou Cristina.

Fonte: DCI