Nae Cavour em meio as Jangadas do Mucuripe em Fortaleza
Foto: Vinna/Alexandre Maciel/Fernando Bruno

PORTA-AVIÕES VOLTA À ITÁLIA APÓS DOIS MESES DE AJUDA AO HAITI

Depois de dois meses, voltou à Itália o porta-aviões Cavour, enviado pelo governo do país para ajudar nos trabalhos de socorro ao Haiti após o terremoto de janeiro, que destruiu a capital Porto Príncipe e matou mais de 220 mil pessoas.

"Temos orgulho de ter feito algo importante a favor de um povo desafortunado, em um momento difícil", ressaltou o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, agradecendo aos membros das Forças Armadas e à equipe da Defesa Civil que contribuíram na reconstrução e ajudas imediatas ao país devastado.

La Russa se disse "orgulhoso da capacidade que teve o 'Sistema Itália', os militares, a Defesa Civil, a Cruz Vermelha, todos os voluntários, de levar tempestivamente -- com 48 horas para preparar a partida -- uma ajuda importantíssima".

"Uma ajuda que foi vista por toda a comunidade internacional e as autoridades haitianas como essencial, também pela proximidade e a solidariedade que pudemos manifestar", acrescentou o titular.

Nae Cavour em meio as Jangadas do Mucuripe em Fortaleza
Foto: Vinna/Alexandre Maciel/Fernando Bruno

O Cavour partiu da cidade italiana de Spezia no dia 19 de janeiro -- sete dias após o terremoto -- levando cerca de 900 pessoas, 135 toneladas de ajudas fornecidas pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e mais 77 toneladas de material da Cruz Vermelha Italiana. Antes de chegar ao Haiti, a embarcação fez uma escala no Brasil.

Além das contribuições humanitárias, o governo italiano mandou uma delegação da Defesa Civil para avaliar os danos, a partir da experiência do país com a reconstrução da região de L'Aquila, destruída por um abalo sísmico em abril do ano passado.

"É difícil relatar o que a Itália fez pelo Haiti sem tê-lo tocado, visto e provado a emoção e a comoção pelo trabalho desenvolvido. As cifras são significativas, mas nunca darão completamente a noção do cansaço, da paixão que foi difundida pelas Forças Armadas e pelo sistema da Defesa Civil, pelos militar e voluntários empenhados nesta grande operação humanitária", declarou o chefe da Defesa Civil, Guido Bartolaso.

"As sugestões, propostas, indicações formuladas pela Itália logo depois daquela tragédia enorme são as mesmas decisões e determinações que hoje a comunidade internacional inteira aprova e até patrocina e estimula a fim de que sejam realizadas", acrescentou.

Nos dois meses de atividade, o contingente levado pelo Cavour ao Haiti distribuiu 12 toneladas de gêneros alimentícios; 36 mil litros de água potável a crianças nas escolas e 176 toneladas de medicamentos nos centros de saúde locais.

Foram feitos 63 voos de transporte médico para um total de 150 pacientes socorridos a bordo do porta-aviões; de 100 pessoas assistidas a bordo, 56 se recuperaram, enquanto houve 316 intervenções médicas.

Além disso, a força tarefa de engenharia do Exército italiano construiu 11 edifícios e removeu 12 mil metros cúbicos de escombros.

Fonte: ANSA