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Consórcio francês propõe fabricar Rafale nos Emirados Árabes

Um consórcio de companhias aeroespaciais francesas, na esperança de vender cerca de 60 caças Rafale para os Emirados Árabes Unidos, está oferecendo a solução de fabricar as aeronaves em Abu Dhabi.

A fabricante Dassault, a companhia aeroespacial Thales, a fábrica de motores Snecma, a desenvolvedora de mísseis MBDA e a fabricante de aviônicos Sagem fazem parte desse consórcio francês.

As companhias emitiram uma proposta para treinar fabricantes aeroespaciais e de produção dos Emirados Árabes para fabricar localmente o jato, de acordo com o Major Gen Khalid al Buainnain, o comandante anterior da Força Aérea e de Defesa dos Emirados Árabes.

“O programa será sobre como fabricar a aeronave, como gerenciar as fábricas e sobre o controle de qualidade da produção,” disse o Major Gen al Buainnain, o diretor da Baynuna Group. Baynuna é a parceira local do consórcio e o negócio dos jatos está avaliado em cerca de US$ 13 bilhões.

Por essa proposta, “não é apenas o Rafale que poderia ser fabricado aqui, mas também jatos executivos e eletrônica para aeronaves”, disse o Major Gen al Buainnain, adicionando que as negociações entre o grupo francês e os Emirados Árabes estão “progredindo bem” e que poderá ser concluido esse ano.

A oferta é apenas a última reviravolta em quase dois anos de esforços feita pela França para vender os novos jatos para os Emirados Árabes Unidos. Se a oferta for adiante, ela impulsionarpa os planos de Abu Dhabi de criar uma local, e viável indústria aeroespacial, além de também conseguir a primeira exportação do caça multimissão.

Em junho de 2008, os Emirados Árabes disseram que estavam “considerando seriamente” a possibilidade de que o caça Rafale pudesse entrar em operação perto de 2013. O acordo poderia incluir a provisão para França poder comprar de volta a frota de caças Mirage 2000 dos Emirados, os quais devem ser submetidos a uma modernização quase na mesma época.

Os Emirados solicitaram uma avançada versão do Rafale, com adaptações que incluiam um motor mais potente e um sistema radar que foram projetados para a força aérea e marinha da França.

Enquanto os membros da indústria da França dizem que as melhorias não exigem um grande trabalho de desenvolvimento na fuselagem do Rafale, isso está sendo visto como um custo de desenvolvimento extra.

Os Emirados Árabes Unidos são o quarto maior importador de armas do mundo e tem procurado estruturar os contratos de defesa de modo que auxilie no desenvolvimento dos objetivos do plano de Abu Dhabi para 2030, tal como a construção de uma economia baseada em conhecimento, transferência de tecnologia e projeção das capacidades do setor industrial.

Para implementar o plano de fabricação do caça Rafael, o consórcio estrá trabalhando com diversas organizações de pesquisa e de estudos dos Emirados. Essa lista de organizações estatais de desenvolvimento e instituições acadêmicas estão aumentando suas capacidades de levantar fundos para um centro aeroespacial, linhas de fabricação, manutenção, pesquisa e desenvolvimento, e treinamento.

Uma área adjacente ao aeroporto Al Ain está sendo desenvolvido para acomodar as novas unidades aeroespaciais.

A França é um dos mais importantes fornecedor das Forças Armadas. O maior pedido incluiu 63 caças Dassault Mirage na década de 80, e cerca de 400 tanques de batalha Leclerc em 1994.

Em fevereiro de 2009, as relações bilaterais entre a França e os Emirados Árabes Unidos foram estreitados após o estabelecimento de uma base naval da França em Abu Dhabi.

Fonte: The National – Texto: Cavok