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EUA negociam acordos militares com países da América Latina

O subsecretário de Estado norte-americano para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, admitiu que os Estados Unidos estão negociando acordos militares com países da América Latina.

"Os Estados Unidos estão em colaboração com outros países, não somente nas Américas, mas há uma série de convênios no âmbito de segurança com outros países, parecidos com o acordo feito com a Colômbia", comentou Valenzuela.

O tratado militar firmado no ano passado entre Washington e Bogotá gerou tensão na região latino-americana, já que foi visto como uma "ameaça" à soberania local por certas nações, como Venezuela e Equador.

O acordo, que tem duração de dez anos, permite o envio de um contingente de até 1.400 soldados norte-americanos para operarem em sete bases colombianas. Segundo o governo de ambos países, a iniciativa tem o objetivo de contribuir com o combate à violência.

"Estes acordos se contemplam com vários países e estamos negociando acordos deste tipo em diversas partes do mundo. Mas prefiro não me referir a este tema", disse o subsecretário.

O funcionário do governo norte-americano, que está realizando um giro pela América Latina, com escalas no Equador, Colômbia e Peru, havia comentado sobre um possível tratado militar com o Brasil.

Uma fonte do governo brasileiro confirmou a informações ontem à ANSA e destacou que isto deve ajudar no combate ao narcotráfico.

Quando o acordo com a Colômbia foi anunciado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou "preocupação" em relação às consequências que as atividades militares pudessem causar na estabilidade e na segurança da região. O petista havia sugerido que Bogotá desse garantias aos países vizinhos.

Segundo Valenzuela, os EUA se preocupam "com o tema da segurança nas Américas", especialmente ao que se relaciona à insegurança pública, crime organizado e tráfico de drogas.

Ontem o ministro equatoriano das Relações Exteriores, Ricardo Patiño, disse que a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) -- cuja presidência temporária é exercida por Quito -- deve definir uma agenda de temas comuns com os Estados Unidos, na qual será abordada a presença militar do país na região, antes do encontro que os representantes do bloco terão com o mandatário norte-americano, Barack Obama.

Fonte: DCI