O vídeo em preto e branco é acompanhado pelo áudio da conversa dos militares norte-americanos durante a operação. É possível ver um grupo andando pelas ruas de Bagdá (Iraque), em seguida se ouve os pilotos identificando-os como rebeldes e as pessoas são baleadas. Em terra, uma van aparece para resgatar os feridos e também é bombardeada.
Ao todo, mais de dez pessoas morrem, entre as quais o fotógrafo da agência Reuters Namir Noor-Eldeen, 22, e seu piloto, Saeed Chmagh, 40. Duas crianças ficam seriamente feridas.
“Reuters tem tentado ter acesso ao vídeo pelo Ato de Liberdade de Informação, sem sucesso, desde a época do ataque. O vídeo, feito do ponto de vista de uma arma de um helicóptero Apache, claramente mostra um massacre sem provocação de um funcionário da Reuters ferido e daqueles que foram resgatá-lo”, afirma o site wikilieaks.org, que divulgou o vídeo.
Militar visualiza jornalista da Reuters com câmera e imagina que é um rebelde
Câmera fotográfica na mão do fotógrafo é confundida com arma
Militar pede para atirar quando alguém tenta levar repórter ferido para uma van
Após disparos, uma menina ferida é tirada da van e levada no colo por um militar
Versão dos militares
No dia seguinte ao ataque, o Exército americano explicou a morte dos funcionários da agência como parte de um confronto entre suas tropas e insurgentes.
De acordo com os militares, os helicópteros se encaminharam para o local para dar apoio a uma equipe em terra que combatia tropas insurgentes munidas de armas de fogo e lança-granadas. De cima, os pilotos teriam visto pessoas armadas no chão e levado o massacre adiante.
Uma investigação militar posterior concluiu que um conjunto de lentes de longo alcance para uma máquina fotográfica tinham sido confundidos na ocasião com um lança-granadas.
Os militares concluíram que a ação foi “adequada”, uma vez que os fotógrafos teriam se misturado com insurgentes, e sua diferenciação foi dificultada pela presença dos equipamentos, de acordo com documentos referidos pela agência AP.
O site que publicou o vídeo afirma que recebeu o material em sigilo e fez todos os esforços para comprovar a autenticidade do vídeo. Uma autoridade militar veterana, que pediu para não ser identificada, confirmou à agência AP que a gravação é autêntica.
Durante a gravação, é possível ouvir os militares zombando das pessoas alvejadas. “Ah, yeah, olha só esses malditos mortos. Bacana”, um atirador afirma.
Quando as tropas do solo chegam ao local, encontram duas crianças dentro da van bombardeada. É possível ver as crianças sendo carregadas por militares e um soldado afirma que elas deveriam ser levadas a um hospital.
“Bem, é culpa deles se trazem suas crianças para a batalha”, afirma uma voz no cockpit.
Os vídeos abaixo contém imagens fortes
Versão resumida
Versão total
Fontes: UOL Notícias (com agências internacionais e BBC) / Site Desastres Aéreos / Site WikiLeaks / Site Collateral Murder - Imagens: Reprodução - Noticias Sobre Aviação
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