O ministro sul-coreano da Defesa disse que a corveta militar “Cheonan” de 1.200 toneladas pode haver sido atingida, no fim do mês passado, por um torpedo. Assim, o diplomata deixou expostas as suspeitas sobre a participação da Coréia do Norte no episódio e, por tanto, aumentou as preocupações internacionais que o incidente gere um novo conflito na península.

"Foi concluído, após uma inspeção visual, que existe uma chance maior de uma explosão externa do que uma dentro da embarcação", declarou Yoon Duk-Yong, principal oficial na investigação, numa entrevista coletiva.
A mídia sul-coreana está focando a culpa na república vizinha, na ausência de outras razões prováveis para a explosão que afundou a corveta na final do mês passado, que matou 46 marinheiros.
Yoon disse que a torção do metal da popa resgatada na quinta-feira indicou que a explosão veio de fora, mas a equipe vai esperar até que o resto do navio for içado e outros elementos de prova sejam recolhidos para dar uma conclusão final.
"O Cheonan também foi atingido no meio. Portanto, é altamente provável que haja sido um torpedo disparado de um submarino ou uma mina o que atingiu o navio " disse um perito militar.
A ameaça de provocar um grande conflito, e assim prejudicar a sua rápida recuperação econômica, faz improvável que as autoridades sul-corenas decidam uma ação militar contra o governo de Pyongyang, mais ainda quando não há certeza absoluta da ação dos norte-coreanos.
A Coréia do Norte congelou, nesta semana, os ativos de uma empresa sul-coreana dedicada a um projeto turístico comum, que fora elogiado internacionalmente como um sinal de cooperação.
A incerteza sobre o envolvimento da Coréia do Norte na explosão do navio militar sul-coreano e o estado de saúde de seu líder de ferro são duas questões que Seul analisa com cuidado.
O naufrágio também pode complicar a retomada das negociações internacionais paralisadas sobre o encerramento do programa de armas atômicas norte-coreano, em troca de ajuda para sustentar sua debilitada economia.
Fonte: O REPÓRTER - Por: Néstor J. Beremblum
0 Comentários