Pentágono adverte presença de Guarda Revolucionária iraniana na A.Latina
O Pentágono advertiu ao Congresso americano sobre a presença da Guarda Revolucionária iraniana na América Latina, em particular na Venezuela, em um documento que foi divulgado hoje, depois de ser parcialmente descartado. "A Guarda Revolucionária Islâmica mantém capacidade operacional no mundo todo. Está bem estabelecida no Oriente Médio e no Norte da África, e recentemente aumentou sua presença na América Latina, particularmente na Venezuela", afirma o relatório.
O documento, que data de abril de 2010, indica que, "se os Estados Unidos ampliarem sua interferência nos conflitos nessas regiões, o contato com a Guarda Revolucionária, diretamente ou através dos grupos extremistas que apoia, será mais frequente".
Além disso, coloca que as forças iranianas estiveram envolvidas em alguns dos atentados terroristas mais sangrentos das duas últimas décadas, inclusive os ataques à Embaixada dos EUA em Beirute em 1983 e 1984 e o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires, em 1994.
"O regime iraniano utiliza a Guarda Revolucionária para exercer pressão econômica, política e militar clandestinamente nos lugares onde o Irã tem interesses", adverte.
O Pentágono envia todo ano um documento ao Congresso no qual analisa a estratégia militar do Irã e as previsões de suas capacidades futuras.
O Departamento de Defesa americano afirma que, nas três últimas décadas, o Irã cultivou uma rede para patrocinar grupos terroristas como o Hamas, o grupo radical libanês Hisbolá, os grupos xiitas iraquianos, o movimento da jihad islâmica na Palestina e o talibã no Afeganistão.
O país asiático "utiliza o terrorismo para pressionar e intimidar outros países e, mais amplamente, para apoiar sua estratégia dissuasória".
O Pentágono considera que a estratégia militar iraniana está voltada para se defender contra "ameaças externas" dos EUA e de Israel. Para a Defesa americana, o programa nuclear de Teerã "mantém aberta a possibilidade de desenvolver uma arma nuclear".
O relatório adverte ainda que, "com suficiente ajuda estrangeira", o Irã poderia desenvolver e testar um míssil intercontinental em 2015 com capacidade de atingir os EUA.
"O Irã também poderia ter um míssil balístico de médio alcance com capacidade para ameaçar a Europa", acrescenta.
Em fevereiro passado, o Irã rejeitou uma oferta dos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia para intercambiar combustível nuclear e ordenou a seus cientistas que iniciem o enriquecimento de urânio a 20%, apesar das advertências internacionais.
Além disso, anunciou a instalação de centrífugas mais potentes e a construção de uma nova usina nuclear este ano.
Desde então, Washington tenta fazer acordos para novas sanções internacionais para tentar frear o programa nuclear iraniano.
Fonte: Ultimo Segundo
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