UFRJ apresenta primeiro simulador de voos com tecnologia nacional
É o primeiro equipamento de nível 5 construído no Brasil.

Simulador vai reduzir custos e aperfeiçoar treinamento de pilotos.


O presidente da Team Transportes Aéreos testa o novo simulador

Um simulador de voo com tecnologia e componentes totalmente nacionais foi apresentado na quarta-feira (14) na incubadora de empresas da Coordenação de Programas de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), esse é o primeiro simulador fabricado no Brasil com capacidade para receber a qualificação em nível 5. Atualmente, só existem simuladores nacionais até o nível 3.

O simulador é específico para o avião Let 410, um modelo bimotor turbo-hélice fabricado na República Tcheca pela Aircraft Insdutries, que, no Brasil é representada pela Team Transportes Aéreos. O modelo do equipamento apresentado nesta quarta-feira simula situações de emergência, como pane no avião ou pouso sem visibilidade. O novo simulador foi desenvolvido pela Virtually, uma das empresas residentes na incubadora, em parceria com o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (LAMCE/Coppe).

“O custo para o treinamento inicial de um piloto vai ser reduzido em cerca 30%”, destacou o presidente da Team, Mário Moreira. “Eu acho que todos nós, brasileiros, devemos nos orgulhar desse trabalho”, acrescentou. Segundo a Anac, o novo simulador permite a certificação apenas para pilotar o Let 410. Hoje, no Brasil, existem 12 aviões deste tipo, três deles pertencem a Team. A previsão é de que, até fevereiro de 2011, mais três aeronaves sejam compradas por companhias brasileiras.

Anac destaca o aumento dos voos regionais

Diferentes aeroportos podem ser utilizados nas simulações

De acordo com a Anac, é primordial que mais simuladores para aviões de pequeno porte sejam construídos pela indústria nacional. Com isso, segundo a agência, vai melhorar muito o nível de formação dos pilotos. A Anac informou que o número de voos regionais, que utilizam aeronaves menores, aumenta a cada ano.

Para Gérson Cunha, sócio-presidente da Virtually, o simulador vai facilitar e aperfeiçoar o treinamento de pilotos. “Antes, os pilotos treinavam situações de emergência em um avião verdadeiro. Entretanto, os procedimentos realizados não eram reais, já que a emergência não existia de verdade”, explicou. “O simulador vai permitir que o piloto realmente execute os procedimentos de emergência, utilizando o painel de controle”, acrescentou.

Fonte e fotos: Bernardo Tabak (G1) - Noticias Sobre Aviação