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Os mísseis Scud eram a mais temida das armas iraquianas (em suas versões modificadas do original soviético). Apesar de antiquados, muitos foram instalados em bases de lançamento móveis, que podiam ser desmantelados, transportados e de novo montados em 25 minutos sem serem detectados. Durante a guerra, os iraquianos utilizaram-nos contra o seu velho inimigo Israel. Os danos foram ligeiros, mas Israel estava pronto para contra-atacar. Determinados a evitar qualquer agravamento da guerra os americanos esperavam destruir os Scuds com os seus mísseis Patriot. Os Patriots tinham sido originalmente projetados para atingir aviões, mas esta versão conseguia seguir o percurso de um míssil. Quando os Scuds mergulhavam de novo em direção ao solo a cerca de 6400 Km/h, o Patriot agia como uma bala dirigida a outra bala. Neste caso, os Scuds haviam sido tão mal adaptados que muitos se desintegravam durante o vôo. Apenas uma pequena percentagem atingiu o alvo. O Scud foi desenvolvido há 40 anos na ex-União Soviética para servir de apoio a divisões de exército. Simples e robusto, embora pouco preciso contra alvos situados além de 150 quilômetros, foi doado ou vendido para quase todos os países alinhados com o regime da URSS no Leste Europeu, no Oriente Médio, na Ásia e no norte da África. Estima-se que haja cerca de 1,5 mil Scuds operacionais em todo o mundo. Os Scuds iraquianos pertenciam à série 8K14, conhecidos na OTAN como SCUD 1-B. São mísseis balísticos de um só estágio, curto alcance e propelidos por combustível líquido.
Os primeiros lançadores móveis foram construídos sobre chassis do tanque russo IS-3. Quatro anos depois, os IS-3 foram substituídos pelos chassis 8 x 8 MAZ-543. A troca do transportador deu aos SCUD muito maior mobilidade e dispensou o uso de viaturas auxiliares de transporte de pessoal, já que a tripulação ia dentro do MAZ-543 . Uma unidade padrão opera até 18 disparadores, coordenados por um veículo de Comando e Comunicações, e acompanhados por uma central meteorológica End Tray movel, um caminhão tanque ZIL-157 e uma carreta com mísseis extras para recarregamento. O tempo gasto entre a chegada ao ponto de disparo e o momento em que o primeiro Scud sobe é estimado em uma hora. Durante a década de 80 os engenheiros iraquianos modernizaram seus Scuds, aumentando-lhes o tamanho, ao agregar mais um segmento, e conseqüentemente aumentando-lhes o alcance, embora a carga útil tenha sido ligeiramente diminuída. Os resultados foram o Al-Hussein ( ! ) com 650km de alcance, e capaz de atingir Israel e a Síria, e em seguida o Al-Abbas, com 900km de alcance, capaz de cobrir todo o Estreito de Hormuz. Os Scuds foram usados por Saddam Hussein durante a Guerra do Golfo em 1991 contra uma grande variedade de alvos, mas principalmente contra Israel, numa tentativa de forçar um ataque de retaliação israelense ao Iraque, o que levaria a uma imediata ruptura da Coalizão. Inicialmente considerados como um fator militar insignificante, lançadores móveis de SCUD logo tornaram-se mais numerosos do que o esperado, e sua eliminação por questões políticas foi parar no topo das prioridades da Coalizão.
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Logo descobriu-se que somente as baterias de Patriots (Acima) não seriam suficientes para neutralizar a ameaça dos Scuds então foi formada uma força conjunta de caça-bombardeiros convencionais e Forças de Operações Especiais (SOF) foi rapidamente reunida para localizar e destruir a ameaça. Ao atacar o Kuwait, Saddan dispunha de 50 TELs (Lançadores Móveis de SCUD ), além de 5 plataformas fixas, todas elas apontadas para Israel, e com cerca de 60 mísseis a disposição. Em 17 de janeiro, sete SCUDs alcançaram TelAviv e Haifa, destruindo cerca de 150 prédios e ferindo 50 pessoas. O Primeiro Ministro Israelense, Yitzhak Shamir avisou aos americanos, que Israel não toleraria outro ataque e estava pronto para retaliar. Imediatamente George Bush mandou duas baterias de mísseis antiaéreos Patriot para Israel e prometeu destruir todos os lançadores iraquianos.
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Cinco dias depois, um SCUD atingiu os subúrbios de Telavive, matando 8 pessoas. Israel pediu as senhas de passagem para seus caças F-15 e F-16, que já esquentavam os motores nas pistas de decolagem, quando uma conversa telefônica, entre Bush e Shamir, conseguiu conter os israelenses.No dia seguinte, a Inteligência israelense informou ao comando da Coalizão da localização de 4 plataformas fixas iraquianas. Imediatamente uma unidade SOF foi enviada para localizar e destruir as plataformas. Dois helicópteros MH-47 Chinook levaram a equipe, bem como um veículo Land-Rover modificado para operar no deserto do Iraque Ocidental. Uma hora depois, a equipe SOF localizou as plataformas, chamando uma esquadrilha de F-15 que bombardeou o local com bombas guiadas por laser. Um helicóptero MH60 Black Hawk filmou o ataque, e a fita foi enviada a Israel. Após ver a fita, o Primeiro Ministro de Israel ligou ao Pres. Bush para dizer que confiava na capacidade da Coalizão para localizar e destruir os SCUD.
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A crise havia sido postergada. No dia 18 de janeiro, aviões A-10, F-15, F-16 e AC-130 Spectre foram designados especificamente para localizar e destruir todas as plataformas de lançamento de SCUD. Embora as plataformas fixas fossem relativamente fáceis de localizar e destruir, o problema eram as TEL, que os iraquianos haviam aprendido a camuflar e esconder muito bem, aliadas às magníficas " iscas " feitas de borracha na Alemanha Oriental, que eram cópias perfeitas de lançadores móveis, o que custou centenas de toneladas de bombas para serem destruídas. Com a pressão israelense por resultados voltando rapidamente a subir, era chegada a hora de usar as SOF na busca por terra destas plataformas móveis.
Embora, o Comandante em Chefe da Coalizão, Gen. Norman "The Bear " Schwartzkopf não acreditasse na capacidade das SOF de resolver alguma coisa, pois havia visto durante seu período no Vietnam, inúmeras Unidades de Boinas Verdes serem socorridas pelo Exército para evitar que suas posições fossem tomadas, e também assistiu, durante a invasão de Granada, como uma Unidade SEAL da Marinha foi quase aniquilada em uma emboscada, por falta de um reconhecimento prévio efetivo do local de desembarque, uma ordem direta do Chefe Estado-Maior americano, Gen. Colin Powell, para que desse prioridade ao uso das SOF na busca aos SCUD resolveu a questão. Desde o início o Gen. Schwartzkopf tinha em seu Estado-Maior ao Gen. Sir Peter de la Billiére, ex- comandante do 22 SAS, o mais conhecido e lendário grupo de forças especiais do ocidente, como comandante das Forças Britânicas no Golfo.
22º Regimento SAS
O 22 SAS foi a primeira unidade de SOF a operar diretamente contra a força móvel de SCUDS num esforço concentrado para direcionar os recursos da Coalizão na caça as plataformas móveis destes mísseis. Duas área de operação foram criadas: a primeira localiza ao sul da principal rodovia ligando Bagdá a Amã, Jordânia, indo de H1 até perto da fronteira saudita, conhecida como Scud Alley (Alameda) foi entregue ao SAS enquanto a segunda, ao norte da rodovia Bagdá a Amã, chegando perto da fronteira com a Síria, conhecida como Scud Boulevard, foi entregue ao JSOTF americana (Força Delta).Para realizar as suas tarefas no Iraque o SAS montou patrulhas de vigilância de estrada e colunas móveis de combate.
Patrulhas de Vigilância de Estrada
Essas patrulhas eram formadas por oito homens, que por um período de cerca de 10 dias se posicionariam bem atrás das linhas inimigas, sendo inseridos por helicópteros Chinook, para montar Postos de Observação - PO, com o objetivo de monitorar as principais rotas de provisão para a movimentação dos lançadores de Scuds. Caso alguma plataforma móvel de lançamento fosse avistada imediatamente seria chamado um ataque aéreo para destruir os veículos. Redes de cabos de fibra óptica, que auxiliavam a rede de comando iraquiano no lançamento dos Scuds, seriam alvos secundários.O Esquadrão B forneceu todo o pessoal para formar as três Patrulhas de Vigilância de Estrada, que receberam o nome código de Bravo One Zero, Bravo Two Zero e Bravo Three Zero. Eles ficaram assim dispostas: B10 ficou na região sul, B30 no centro e B20 no norte.
B10 - Bravo One Zero
A primeira patrulha do SAS que entrou no Iraque o fez de helicóptero Chinook. Os seus operadores quiseram inspecionar rapidamente o ambiente e pediram para o helicóptero que os trouxe esperar um pouco. Eles decidiram que o terreno plano, cheio de pedregulhos oferecia pouca cobertura e era muito perigoso continuar a missão por ali e voltaram com o helicóptero.
B20 - Bravo Two Zero
A patrulha B20, sob o comando de Andy Mcnab, foi inserida no norte do Iraque, a 300 km da fronteira saudita e a cerca de 120 km da Síria. Esses iam fazer parte da história do SAS.
B30 - Bravo Three Zero
A B30 não pediu para o helicóptero Chinook esperar como a B10 fez, mas novamente, inspecionando o ambiente, decidiu que era muito arriscado continuar e decidiu voltar para a fronteira saudita no único veículo que eles tinham. Antes de partirem eles pediram um ataque contra uma estação móvel de radar que estava ali perto. Um A-10 dos EUA os confundiu com o objetivo; porém, percebendo o seu engano a tempo, o piloto conseguiu destruir o alvo inimigo. Segundo informações eles levaram alguns prisioneiros com eles.Este é um exemplo de que além de caça os Scuds o SAS também atacou alvos iraquianos de oportunidade, sempre que possível usando para isso aviões da coalizão ou suas próprias armas.
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Colunas Móveis de Combate
Essas colunas foram formadas pelo SAS com o objetivo de levar a cabo a procura e destruição dos Scuds e seus lançadores. Elas tinham um potência de fogo considerável e podiam destruir quase tudo. Com essas colunas se movendo atrás de suas linhas os iraquianos eram forçados a desdobrar uma grande quantidade de forças para caçá-las.Quatro Colunas Móveis de Combate foram formadas, duas com pessoal do Esquadrão A e duas com o pessoal do Esquadrão D. As colunas treinaram antes de entrarem no Iraque no Emirados Árabes Unidos.Cada coluna tinha cerca de 30 homens e 12 veículos. Os veículos eram: um caminhão de suporte Unimog, fabricado pela Mercedes, que levaria a maioria das cargas como combustível, água, munição, equipamento de proteção NBC, peças sobressalentes e outras coisas; de oito a dez 110 Land Rovers, cada qual armado com metralhadoras Browning .50, GPMGs, lançadores de granada M19 de 40 mm lançadores de mísseis antitanque Milan, lançadores de mísseis antiaéreos Stinger e LAWs, cada Land Rover levava de três a quatro homens, além de mantimentos e equipamentos; e duas motos. As colunas se moviam a noite e descansavam durante o dia, em posições seguras e camufladas. Os homens normalmente estavam armados com pistolas 9 mm, fuzis M-16, muitos com lançadores de granada M230, SLR, rifles L96A e submetralhadoras.
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foram equipadas com os designadores de alvos a laser, para o uso na iluminação de alvos iraquianos em terra para a realização de ataques por aviões da Coalizão. Deve-se destacar que o pessoal do SAS foi obrigado a levar pílulas contra agentes anti-nervo, porém em alguns casos parece que este procedimento não foi adotado. Às equipes do SAS foi requisitado que não atacassem simplesmente todos os alvos de oportunidade. Dado a fragilidade da Coalizão, foram enfatizados fatores políticos.Um operador do SAS descreveu o problema desta maneira: "Nós sabíamos que os parâmetros das operações eram bem soltos, mas isso não significava que nós poderíamos sair explodindo tudo a nossa frente. Nós éramos tropas estratégicas, assim o que nós fazíamos atrás da linhas inimigas poderia ter implicações políticas sérias. Se nós víssemos um oleoduto, por exemplo, e o detonássemos, nós poderíamos estar lançando a Jordânia na guerra, poderia ser um oleoduto de Bagdá para Amã que os aliados tinham concordado em não destruir de forma a permitir que a Jordânia tivesse o seu óleo. Assim se nós víssemos um alvo de oportunidade nós teríamos que ter permissão para lidar com ele. Com a permissão dada nós poderíamos causar um grande dano a máquina de guerra iraquiana, sem causar qualquer dano a Coalizão em questões políticas ou estratégicas."Em 20 janeiro, operadores do SAS cruzaram a fronteira iraquiana pela primeira vez. Os detalhes operacionais, tais como o tipo de transporte, estavam mais relacionados com os métodos operacionais do líder da equipe. Os métodos da inserção disponíveis eram os seguintes: cruzar a fronteira: a pé, de veículo, ou de helicóptero.Parece que a inserção de pára-quedas usando a técnica HALO era uma possibilidade, mas seu emprego real não foi confirmado. Isto é muito provável devido a fácil detecção por parte dos radares iraquianos de uma aeronave grande como um C-130 Hercules. Tal detecção não somente iluminaria o avião para os mísseis e canhões antiaéreos, mas poderia também dar a localização geral de uma equipe que tentasse se infiltrar.
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Com tantas equipes operando no interior do Iraque se fazia necessário o seu reabastecimento. Não era operacionalmente viável que cada uma voltasse a Arábia Saudita para se reabastecer e voltar. Por isso foi criada uma formação temporária, o Esquadrão E, com a missão de abastecer as colunas do SAS em pleno Iraque. Foi formado um comboio com dez caminhões, fortemente escoltados por Land Rovers armados que se moveram para um ponto de encontro a mais de 139 km dentro do Iraque onde seriam encontradas as Colunas Móveis de Combate. Partindo da Arábia Saudita no dia 10 de fevereiro pela, a coluna alcançou o ponto de encontro por volta das 15:00 do dia 12. O ponto de encontro se tornou uma colméia de atividade. Armas e veículos foram consertados ou reparados, prisioneiros foram entregues e reuniões de planejamento foram realizadas. O Esquadrão voltou para a Arábia Saudita no dia 17 de fevereiro e logo depois deixou de existir.
O ataque a "Victor Two"
Um contingente de 30 homens do Esquadrão "A" era a típica Colunas Móveis de Combate do SAS na caçada aos lançadores móveis de Scuds, e a coluna que atacou a posição iraquiana "Victor Two" é uma dessas colunas.. Esta coluna era composta de seis 110 Land Rovers, de um veículo de suporte Unimog, e de duas motocicletas. A ordem da coluna era três 110, o Unimog, então os outros três 110s juntos com as duas motocicletas. Sempre que possível, os veículos seguiram as trilhas dos veículos da frente, para confundir o inimigo a respeito do número real dos veículos da coluna. O tipo de armamento levado pelos times do SAS variou muito.
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SAS - Conclusão
Ao final da guerra, o SAS e o SBS tinham sem envolvidos na destruição de muitas instalações de comunicações e, é calculado, que tenha destruído um terço dos lançadores de Scuds. Tinha-se esperado um grande número de baixas, diante de um terreno perigoso, com temperaturas geladas, chuvas e granizo, além de inúmeros problemas de inteligência e de rádio. Mas só quatro operadores foram perdidos (três membros do B20 e um motoqueiro de uma Coluna Móvel de Combate). Apesar da guerra "oficial" em terra, que começou em 24 de fevereiro, ter durado apenas 100 horas, o SAS operou atrás das linhas iraquianas por mais de 40 dias. Os Land Rovers cobriram um média de 1.500 milhas e as As motocicletas uma média 1.875 milhas. O Gen. Norman Schwarzkopf escreveu uma Carta de Elogio para o 22 SAS, entre as expressões usadas podemos destacar: "... desempenho totalmente excelente... ... a única força qualificada para esta missão crítica era o SAS... ... nas tradições mais altas de serviço militar..."
Força Delta
Designada oficialmente 1st Special Forces Operational Detachment Delta ( 1st SFOD-Delta ) é uma das duas unidades militares americanas dedicadas à luta antiterrorismo. a outra e o SEAL TEAM 6 - ST6. Dividida em quatro Grupos ( A, B, C e D ) de 75 homens cada, possui as mesmas habilidades e funções do SAS britânico. Recebeu a mesma missão que o SAS : localizar, informar e se possível destruir lançadores móveis de SCUDs.
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No dia 7 de fevereiro, uma patrulha Delta de 20 homens fugia de unidades blindadas iraquianas, quando o Controlador Aéreo que acompanhava o grupo conseguiu contatar uma dupla de F-15, que desceu como um relâmpago sobre os iraquianos, destruindo em segundos todo o grupo blindado, além de outros veículos nas redondezas, incluindo o TEL que havia sido reportado pela patrulha Delta atacada.Certa vez uma de suas patrulhas de seis homens foi descoberta quando um garoto iraquiano tropeçou um comando, a equipe recusou-se a matar o menino e meteu-se em um combate de sete horas contra cerca de 250 soldados iraquianos, e após abater cerca de 150-250 inimigos, a patrulha foi evacuada por helicópteros no último minuto antes do corpo a corpo derradeiro.
Era o componente aéreo das SOF americanas. Forneceu suporte e apoio de fogo em operações da Força Delta e, em alguns casos, do SAS na caçada aos Scuds. Formada por helicópteros leves de observação OH-6, utilitários tipo MH60 Black Hawks e pesados MH-47 Chinooks, apenas os melhores pilotos são recrutados. Seu treinamento inclui o uso dos mais modernos equipamentos de vôo cego e a baixíssima altitude sobre qualquer terreno. No Iraque acostumaram-se a voar a 30cm do chão, durante a noite, e a uma velocidade de 280 km/h !Suas missões básicas eram infiltração e exfiltração de grupos SOF e busca e resgate de pilotos abatidos. Sofreram várias baixas durante a guerra. No dia 21 de fevereiro, quatro pilotos e três membros de uma unidade Delta morreram quando o MH-60 PAVE Hawk que tripulavam chocou-se com uma duna durante uma operação de infiltração com visibilidade zero.Controladores Aéreos, treinados para estabelecer contato com patrulhas aéreas, postos de comunicações e de comando aliados eram sempre agregados às patrulhas Delta. Aeronaves AC-130 Gunships também tiveram um papel relevante na Grande Caça aos SCUDs. Pelo menos um AC-130 foi abatido por um SAM 7 Grail.
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Menos conhecido do que o SAS, o SBS é outra força de elite a serviço do Reino Unido. Tiveram participação limitada na Guerra do Golfo, e sua missão mais importante foi a localização e destruição de um cabo subterrâneo de fibra ótica, usado pelos iraquianos para comunicação com todas as suas bases militares, e que não havia sido destruído por ataques aéreos. O cabo corria a sudoeste de Bagdá, e uma equipe mista formada por vinte SBS, três Delta e um Controlador Aéreo foi infiltrada na noite de 23 de janeiro. O grupo localizou o cabo, secionou-o em diversas partes, e retirou-se em segurança para sua base em Al Jouf, levando um pedaço como troféu, que foi depois presenteado ao Gen. Schwartzkopf, como uma gentil reprimenda pelo pouco respeito, que este personagem tinha pela capacidade profissional das SOF.ConclusãoEmbora os Grupos SOF não fossem especificamente treinados para operações contra lançadores móveis de mísseis, e ainda que não tenham conseguido destruir todas as plataformas móveis TEL iraquianas, sem dúvida foi sua habilidade em localizar e identificar veículos e locais suspeitos, tornando-os alvos para ataques aéreos e forçando seu constante deslocamento, que não permitiu que Saddam seguisse com sua estratégia de atacar Israel, levando este país a retaliações que certamente teriam destruído a frágil Coalizão aliada. Se Saddan tivesse tido êxito, certamente teria vencido a guerra.Abaixo alguns dados sobre a Grande Caça aos SCUDs.18 Janeiro - 7 SCUDs em TelAviv e Haifa. Sete feridos Um lançador TEL destruído por A-10.19 Janeiro - 4 SCUDs cerca de TelAviv. Sem vítimas.20 Janeiro - 2 SCUDs interceptados por mísseis Patriot.21 Janeiro - 6 SCUDs interceptados por mísseis Patriot. Um impacto no mar.22 Janeiro - 7 SCUDs atingem Israel. 96 feridos e 3 mortos. Outros 7 SCUDs interceptados por Patriot.23 Janeiro - 7 SCUDs lançados contra Israel. Todos interceptados por Patriot. 4 SCUDs localizados pela Força Delta. Destruídos por ataque aéreo25 Janeiro - 8 SCUDs lançados contra Israel Arábia Saudita. Um morto e 96 feridos israelenses. Os lançados contra a Arábia Saudita interceptados por Patriot.26 Janeiro - 4 SCUDs lançados. Todos interceptados por Patriot.28 Janeiro - 3 SCUDs e 4 veículos de apoio destruídos por F-15.29 Janeiro - 2 TEL + SCUDs localizados pelo SAS. Destruídos por F-1531 Janeiro - 2 SCUDs destruídos por F-1502 Fevereiro - 1 SCUD localizado pela Força Delta. Destruído por MH-6003 Fevereiro - 2 SCUDs localizados pelo SAS. Destruídos por F-1505 Fevereiro - 2 Tels + SCUDs localizados pelo SAS. Destruídos por F-1510 Fevereiro - 1 SCUD destruído no solo por F-15.11 Fevereiro - 4 SCUDs destruídos por F-15 no Kuwait.14 Fevereiro - 2 SCUDs destruídos por F-1518 Fevereiro - 2 SCUDs localizados pelo SAS. Destruídos por F-1619 Fevereiro - 1 TEL + SCUD localizado pelo SAS. Destruído por F-1523 Fevereiro - 7 SCUDs destruídos no solo por F-15 e A-726 Fevereiro - 24 SCUDs destruídos no solo por A-10 e F/A-18. Neste último dia antes do cessar-fogo, 27 de fevereiro de 1991, cerca de 12 homens operadores americanos ajudaram a destruir 26 mísseis Scud C. Saddam Hussein pretendia lançar de uma só vez todos esses Scuds contra Israel. Seis deles estariam armados com ogivas químicas. O ataque maciço seria destruidor e levaria governo de Yitzhak Shamir à retaliação pesada. Outros países árabes reagiriam rompendo a aliança liderada pelos EUA e multiplicando o conflito. "Foi uma operação crítica. Morreram três líderes dos Boinas Verdes. Um deles, Eloy Olivera Rodriguez Junior, era neto de brasileiros", conta Andrew Andy M., um ex-integrante das Forças Especiais que trabalhou no Brasil, a serviço da Petrobrás.Os números acima mostram mais de 100 SCUDs destruídos, com relevante participação de unidades SOF. Se todos estes SCUDs tivessem alcançado seus alvos, Israel seria hoje um país devastado, a Coalizão teria se esfacelado, uma nova guerra árabe-israelense teria irrompido, e Saddan Hussein teria triunfado. O fato dos Estados Unidos e Grã-Bretanha terem lançado suas melhores unidades na caça aos SCUDs demonstrou além de qualquer dúvida a importância dada por estes países à segurança da integridade de Israel e o cumprimento da garantia dada, de não seria necessária uma intervenção militar israelense contra o Iraque. Notas1 - A modernização dos SCUDS, teria contado, com a participação de técnicos brasileiros, conforme relatos da imprensa da época. O aumento de peso do SCUD fez que a estrutura não suportasse a aceleração e desintegrasse o corpo do míssil, quando da reentrada na atmosfera. Assim os Patriot nunca conseguiram um impacto direto2- Os decoys usados pelos iraquianos refletiam os espectros, térmico , radárico e magnético. A mesma dificuldade as Forças Aéreas participando da Operação Força Aliada, em Kosovo, teriam nove anos após ( 1999).
FORÇAS ESPECIAIS DE ISRAEL
Forças Especiais de Israel em operação no deserto iraquiano usando trajes militares de origem americana.Mesmo nunca admitido oficialmente, é certo que várias unidades das forças especiais da Força de Defesa de Israel (IDF), estiveram operando secretamente no Iraque durante a Operação Tempestade no Deserto, em 1991. Em 2 de agosto de 1990, as forças armadas do Iraque invadiram Kuwait e o declararam como uma parte integrante do território iraquiano. Imediatamente os EUA exigiram a saída das forças Logo depois o E.U.A. pediu que as forças iraquianas se retirassem da área, diante da recusa do Iraque foi formada uma coalizão muito frágil com vários países da Europa como também alguns países árabes, e foi dado início uma grande mobilização de tropas e equipamento para a região.Como na Guerra Árabe-israelense do Yom Kippur em 1973, a inteligência israelense foi pegue de surpresa e sem qualquer fonte de informação que valesse a pena na região. Para fechar esta lacuna vários agentes de campo do Mossad – o Serviço Secreto de Israel para o Exterior - foram inseridos no Iraque e no Kuwait. Ao mesmo tempo os operadores do Sayeret MATKAL (Unidade 767) - a principal unidade das forças especiais da IDF - foram enviados ao Iraque para que obtivessem dados de inteligência mais táticos sobre a movimentação do exército iraquiano. Na ocasião, as chances do Iraque vir a atacar Israel de fato eram mínimas, mas Israel precisava estar bem informada sobre as ações de Saddam Hussein. Em 16 de janeiro de 1991, expirou o último dia do ultimato da ONU para que o Iraque saísse do Kuwait, diante da recusa iraquiana os EUA começaram os ataques aéreos contra alvos iraquianos.Menos de 24 horas depois o Iraque enviou 8 Scuds, mísseis terra-terra contra Israel, mirando a cidade de Tel-Aviv. Depois do ataque dos Scuds a Força Aérea Israelense (IAF) que já estava em alerta total deu início aos procedimentos para um ataque de vingança de longo alcance. Porém, temeu-se que isto ameaçasse a frágil coalizão frágil montada pelos EUA, o Governo americano pediu a Israel que não tomasse nenhuma medida ofensiva contra o Iraque, e garantiu que os EUA fariam um esforço especial para alcançar e destruir os lançadores móveis de Scuds. Em troca da não-participação oficial israelense na crise, Israel recebeu permissão dos norte-americanos para desdobrar várias unidades de suas forças especiais para agir no setor americano de caça aos Scuds, localizado ao norte da estrada Bagdá-Amã e melhor conhecido como a "Avenida" dos Scuds.As equipes israelenses desdobradas de maneira inteiramente secreta, sem qualquer contato com outras forças da coalizão e sem qualquer rastro pudesse identifica-las como israelenses. Logo após a permissão norte-americana ter sido concedida diferentes unidades de SF israelenses foram inseridas n área de caça por helicópteros de transporte CH-53 e a operação começou. É interessante notar que os dados de inteligência levantados pelos operadores do Mossad e do Sayeret MATKAL, que tinham sido inseridos no teatro de conflito alguns meses atrás, foram usados como moeda de troca pelos israelenses nas suas negociações com os americanos, e foram uma das razões principais para que os israelenses fossem autorizados a operar na área. As equipes enviadas para o Iraque foram seguintes: - Sayeret Shaldag. - Sayeret Maglan. - Uma equipe de reserva da Unidade 669. - Sayeret MATKAL.
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Cada lançador móvel de Scud era composto de três elementos: Um Trator-Eretor-Lançador de Scud (TEL), que era o veículo que transportava o projétil, o colocava em posição vertical e o lançava, um caminhão Zill que levava um destacamento de guardas e um jipe Land Cruiser, que transportava o oficial comandante do destacamento.Visto que a presença dos tropas israelenses na área era altamente secreta, as equipes estavam impossibilitadas de solicitar ataques aéreos e as operações de infiltração/exfiltração, bem como vôos de provisão eram muito complexas e demoradas. Certa vez um CH-53 israelense que levava operadores para o Iraque quase foi abatido por caças americanos que ignoravam a sua identidade.A operação no geral não foi muito difícil. Eventualmente, as equipes israelenses do Sayeret Shaldag e do Sayeret Maglan descobriam e destruíam lançadores móveis de Scuds como também os transportes de munição e às vezes algum posto avançado do exército iraquiano. A maioria dos ataques eram feitos através das armas anti-tanque ATGM, mas alguns eram realizados através de ataques diretos e normalmente eram estes que causavam mais feridos. Um incidente sem igual e raro aconteceu em pleno dia. Enquanto uma equipe do Sayeret/Shaldag estava descansando em seu esconderijo dentro de um pequeno riacho seco, um comboio de um lançador móvel de Scuds chegou junto ao riacho para uma parada curta. A equipe não pôde acreditar na sua grande sorte e desde que a sua localização estava bem longe no deserto, o time decidiu ariscar e atacar direito do seu esconderijo em plena luz do dia.O sucesso foi total. O grupo iraquiano estava composto por cerca de seis guardas e a tripulação de lançador – nada especial para uma unidade altamente treinada e equipada das forças especiais israelenses. Alguns dias antes do Iraque se render as equipes israelenses voltaram para Israel a bordo dos CH-53. A operação toda foi considerada um sucesso. Enquanto a atividade das equipes israelenses era de certa forma bastante simbólica e só aconteceram por um período de poucas semanas, eles foram mais efetivos se compararmos o seu ou ao tamanho e os recursos limitados à sua disposição.As equipes israelenses também conseguiram juntar a mais valiosa soma de dados de inteligência da campanha de Tempestade de Deserto fora de todas as forças da coalizão na área, dados estes que foram passados depois para os EUA. Diferente das patrulhas americanas e britânicas, nenhuma patrulha israelense ou seus esconderijos foram descobertos pelos iraquianos, e nenhum soldado israelense foi morto durante a operação.
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Acima: Os CH-53 de Israel foram usados no apoio as Forças Especiais israelenses na caçada aos Scuds iraquianos
Fonte: Jornal Militar
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