A companhia irá operar, inicialmente, com quatro aeronaves L-410 originadas da República Tcheca
Falta muito pouco para que a mais nova empresa aérea do Brasil passe a atuar no mercado. A Noar (Nordeste Aviação Regional) Linhas Aéreas S/A investiu cerca de R$ 40 milhões na 1ª fase de implantação e aguarda, apenas, a realização dos testes operacionais e definição das rotas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para tentar suprir uma demanda cada vez mais crescente de passageiros entre as principais cidades nordestinas. A Anac estima que a empresa, que obteve o Certificado de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta), no último dia 12, deva começar a operar entre o fim de maio e início de junho.
Fortaleza, João Pessoa, Natal, Mossoró, Recife, Maceió, Salvador, Aracaju e Caruaru são algumas das cidades que irão ser integradas no roteiro de viagens da nova empresa, mas as rotas ainda não podem ser divulgadas antes da liberação do Hotran (Horário de Trânsito), autorizado pela Anac.
O que pode ser antecipado é que os nove estados do Nordeste serão contemplados com voos regulares de curta duração e distâncias entre 150 e 450 quilômetros, fazendo a ligação de centros urbanos próximos e a ligação de novos destinos, que, atualmente, não são atendidos pela aviação doméstica nacional. "Esta malha inicial deverá se expandir rapidamente. Uma coisa, porém, é certa. Ela será orientada pelo mercado e realizada mediante o mínimo de infraestrutura local", explica o presidente da Noar, Vicente Jorge Rodrigues, que adianta a criação de 200 empregos diretos com carteira assinada nesta primeira etapa.
Viabilidade confirmada
Foram realizados diversos levantamentos e pesquisas em mais de 150 localidades em toda região nos meses que antecederam o pedido de regulação da empresa, que confirmaram, segundo a direção da companhia, a viabilidade do negócio, e identificaram uma demanda potencial de clientes não atendida pelo transporte aéreo regional.
Aeronaves
A companhia irá operar, inicialmente, com quatro aeronaves novas, modelo L-410 (também conhecidas como Let), originadas da República Tcheca. São bi-motores com capacidade máxima para 19 passageiros e 2 tripulantes, com autonomia de aproximadamente 3 horas de voo. Segundo a empresa, a intenção é transportar 70 mil pessoas por ano em cada aeronave.
"O L-410 permite um custo operacional em curtas distâncias muito abaixo dos seus potenciais concorrentes, o que vai implicar em passagens mais baratas. Os Let´s são equipados com a nova suíte de aviônicos da Honeywell e um moderno sistema de piloto automático. Todo este investimento adicional em tecnologia representa maior eficiência operacional, menor custo e principalmente segurança para os passageiros", justifica o presidente da companhia a respeito da escolha do tipo de aeronave mais adequado para atender a demanda do mercado local.
O preço dos aviões não foi divulgado, pois foi negociado diretamente com a fabricante, sob contrato de leasing e garantia de sigilo em relação a esse tipo de informação.
No Ceará
Na Capital cearense, a Noar vai disponibilizar uma loja de atendimento aos clientes, no Aeroporto Internacional Pinto Martins. As passagens também poderão ser adquiridas pela internet no site oficial da empresa e através do call center. Esses equipamentos de venda serão abertos após a publicação da autorização de funcionamento no Diário Oficial da União.
O presidente da Noar afirmou que haverá apresentações da empresa para autoridades e imprensa, com direito a voo inaugural, em algumas capitais nordestinas, mas não adiantou as datas. "No último dia oito de abril, fizemos um voo em Recife. Pretendemos fazer a mesma coisa em outras cidade, inclusive em Fortaleza, mas, por enquanto, não definimos a data. A empresa está pronta para entrar em atividade, mas não depende só de nós, nesse momento. Temos de aguardar as duas últimas etapas da Anac", declarou Rodrigues.
Fonte: Ilo Santiago Jr. (Diário do Nordeste) - Foto: Divulgação - Noticias Sobre Aviação
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São Paulo - Um grupo formado por dez empresas dos setores aeronáutico, aéreo e de desenvolvimento de combustíveis criou a Aliança Brasileira para Biocombustíveis de Aviação (Abraba), que promoverá o uso desta fonte de energia, informou hoje a Embraer.
A aliança, aberta a outras empresas, tem o objetivo de "promover iniciativas públicas e privadas que busquem o desenvolvimento e a certificação de biocombustíveis sustentáveis para a aviação; (...) por meio de diálogos com criadores de políticas públicas" e de formação de opinião, afirmou a companhia.
A segurança, o custo dos biocombustíveis frente aos fósseis, a reconhecida capacidade do Brasil no setor de biocombustíveis e o impacto ambiental menor das fontes de energia renováveis foram os motivos considerados pelas empresas para formar a aliança, afirma um comunicado.
A aviação civil produz aproximadamente 2% das emissões de dióxido de carbono (CO2), segundo dados do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima (IPCC, na sigla em inglês), das Nações Unidas.
Além da Embraer, TAM, Gol, Azul e Trip, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única), a Algae Biotecnologia, a Amyris Brasil, Associação Brasileira de Produtores de Pinhão Manso e a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil.