https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjO41I0wcH08LglW-ucD3gsgWJfA2bslFA_VpUPUzRsdhaKqy32zUnTVXjvuWCNDlz9PquW96R_RwJ1lMPwdvxcdJuZFGN8-Jes8cJgwhga44M0UWRbEOjM_e-CIFxRcoff2tuZguRQvO4/s400/a-darter.jpg

A Opto Eletrônica, especializada em óptronica de precisão, é responsável pelo desenvolvimento do sistema seeker (cabeça de busca infravermelha) do A-Darter, que funciona como olho do míssil. O sistema foi testado no início do ano e, segundo especialistas que acompanham o projeto, seu desempenho foi acima do esperado.

"Assim como a Denel Dynamics, estamos trabalhando no desenvolvimento de uma solução tecnológica autônoma, de forma que o Brasil não dependa de componentes estrangeiros para produzir seu míssil", diz o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento e um dos fundadores da Opto Eletrônica, Mário Stefani.

No Brasil, 25 técnicos e engenheiros da Opto Eletrônica trabalham no projeto do A-Darter e outros quatro estão envolvidos com o programa binacional na África do Sul. Stefani destaca que o custo de desenvolvimento do míssil representa um terço dos custos históricos de programas similares em outros países.

Para a empresa, segundo ele, a parceria com a Denel Dynamics é mais ampla e vai além do míssil A-Darter. "Fornecemos peças para outros projetos da Denel."

A experiência da Opto Eletrônica na área de mísseis começou com o fornecimento de lentes, espelhos e espoleta de proximidade para o míssil MAA-1 Piranha, MAA-1B (mísseis ar-ar, de quarta geração) e do míssil anti-radiação MAR-1, produzidos pela Mectron e que hoje equipam os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). A Opto Eletrônica também fornece sistemas para o míssil anti-tanque MSS 1.2, vendido para o Exército e Marinha do Brasil.

Criada em 2004, a divisão aeroespacial e de defesa da Opto Eletrônica respondeu por 40% da receita da empresa no ano passado. A Opto Eletrônica também atua no programa espacial brasileiro, com o fornecimento de câmeras imageadoras de média e alta resolução para o satélite CBERS, de observação da Terra, que o Brasil desenvolve em parceria com a China.

Fonte:
Valor Econômico