Dernier Pessoa Rios (foto) teria sido surpreendido por rajadas de vento. Pilotos acreditam que o monomotor tenha caído de bico, em uma manobra conhecida como estol a baixa altura. Um amigo dele sobreviveu.
A queda de um ultraleve provocou a morte do empresário Dernier Pessoa Rios, 43, sócio-proprietário da rede de lanchonetes Bebelu Sanduíches, ontem pela manhã (13), no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o monomotor caiu em uma área de difícil acesso e o corpo acabou resgatado por moradores da região e conduzido ao Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. Um amigo do empresário também estaria na aeronave e teria sido levado desacordado para o hospital. Até o início da noite, ele se encontrava no setor Risco Cirúrgico II e, segundo o médico José Soares, chefe de plantão, não correria risco de morte. O corpo do empresário está sendo velado desde a noite de ontem na funerária Eternos, no bairro Dionísio Torres. Ele deixou esposa e três filhos.
Pilotos do Aero Club do Ceará acreditam que o empresário tenha sido vítima de uma manobra conhecida como estol a baixa altura. De acordo com os pilotos, a manobra ocorre por falha humana e o impacto pode chegar a mil quilômetros por hora. Diante de uma rajada de vento, a aeronave perde a sustentação e cai de bico.
Eles contaram ao 'O Povo' que na noite do último sábado o empresário esteve no Aero Club do Ceará na companhia de um sócio que há tempo não frequentava o lugar. Segundo ainda os pilotos, o empresário havia adquirido duas aeronaves e recentemente teria conquistado a condição de piloto.
As observações dos pilotos foram confirmadas pelos traumas encontrados em seu corpo. Segundo o cirurgião do IJF, Vicente Augusto, o empresário teve traumatismo no tórax e no crânio, com sangramento pelo nariz e boca. “Isso mostra que houve hemorragia interna, diante da forte pancada”, ressaltou o médico ao 'O Povo'.
Em comentário com a equipe médica, o amigo do empresário, que trabalha como assessor jurídico de um outro hospital, disse que estava na condição de co-piloto e que teria ouvido quando o piloto afirmou que teria ocorrido um erro.
Sete erros
Sites de aviação alertam para os sete erros mais comuns entre pilotos de ultraleve, que ocasionam acidentes. O estol a baixa altura é apontado como o mais perigoso. Ele ocorre em curvas de grande inclinação ou quando o piloto coloca a aeronave em posição de grande ângulo de ataque sem se aperceber do fato. Nas duas situações, a aeronave pode perder sustentação e cair de bico.
Outras situações de acidentes ocorrem quando o piloto descuida do mau tempo (nuvens do tipo cumulus apresentam uma ameaça para um ultraleve); ventos fortes (o monomotor perde capacidade dos comandos); inspeção de pré-vôo incompleta (água no combustível faz o motor parar); contaminação do combustível (não há um dreno no fundo do tanque); falha estrutural (algumas manobras sobrecarregam a aeronave); acrobacia próxima ao solo (o ultraleve não terá velocidade suficiente para atingir o topo do loop, entrará em estol e cairá de costas).
Fonte: O Povo Online - Foto: Rodrigo Carvalho - Noticias Sobre Aviação
A queda de um ultraleve provocou a morte do empresário Dernier Pessoa Rios, 43, sócio-proprietário da rede de lanchonetes Bebelu Sanduíches, ontem pela manhã (13), no município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o monomotor caiu em uma área de difícil acesso e o corpo acabou resgatado por moradores da região e conduzido ao Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. Um amigo do empresário também estaria na aeronave e teria sido levado desacordado para o hospital. Até o início da noite, ele se encontrava no setor Risco Cirúrgico II e, segundo o médico José Soares, chefe de plantão, não correria risco de morte. O corpo do empresário está sendo velado desde a noite de ontem na funerária Eternos, no bairro Dionísio Torres. Ele deixou esposa e três filhos.
Pilotos do Aero Club do Ceará acreditam que o empresário tenha sido vítima de uma manobra conhecida como estol a baixa altura. De acordo com os pilotos, a manobra ocorre por falha humana e o impacto pode chegar a mil quilômetros por hora. Diante de uma rajada de vento, a aeronave perde a sustentação e cai de bico.
Eles contaram ao 'O Povo' que na noite do último sábado o empresário esteve no Aero Club do Ceará na companhia de um sócio que há tempo não frequentava o lugar. Segundo ainda os pilotos, o empresário havia adquirido duas aeronaves e recentemente teria conquistado a condição de piloto.
As observações dos pilotos foram confirmadas pelos traumas encontrados em seu corpo. Segundo o cirurgião do IJF, Vicente Augusto, o empresário teve traumatismo no tórax e no crânio, com sangramento pelo nariz e boca. “Isso mostra que houve hemorragia interna, diante da forte pancada”, ressaltou o médico ao 'O Povo'.
Em comentário com a equipe médica, o amigo do empresário, que trabalha como assessor jurídico de um outro hospital, disse que estava na condição de co-piloto e que teria ouvido quando o piloto afirmou que teria ocorrido um erro.
Sete erros
Sites de aviação alertam para os sete erros mais comuns entre pilotos de ultraleve, que ocasionam acidentes. O estol a baixa altura é apontado como o mais perigoso. Ele ocorre em curvas de grande inclinação ou quando o piloto coloca a aeronave em posição de grande ângulo de ataque sem se aperceber do fato. Nas duas situações, a aeronave pode perder sustentação e cair de bico.
Outras situações de acidentes ocorrem quando o piloto descuida do mau tempo (nuvens do tipo cumulus apresentam uma ameaça para um ultraleve); ventos fortes (o monomotor perde capacidade dos comandos); inspeção de pré-vôo incompleta (água no combustível faz o motor parar); contaminação do combustível (não há um dreno no fundo do tanque); falha estrutural (algumas manobras sobrecarregam a aeronave); acrobacia próxima ao solo (o ultraleve não terá velocidade suficiente para atingir o topo do loop, entrará em estol e cairá de costas).
Fonte: O Povo Online - Foto: Rodrigo Carvalho - Noticias Sobre Aviação
0 Comentários