Nasa adia aposentadoria de ônibus espaciais até 2011
A Nasa adiou nesta quinta-feira para novembro e fevereiro as duas últimas missões da sua frota de ônibus espaciais por causa de atrasos na preparação da última carga de peças de reposição para a Estação Espacial Internacional.
A missão do ônibus Discovery foi transferida de setembro para 1o de novembro, conforme o novo plano aprovado pela direção da agência espacial dos Estados Unidos. O voo do Endeavour, que levará um detector de partículas de 1,5 bilhão de dólares, o Espectrômetro Magnético Alfa, ficou para 26 de fevereiro. Será a 134a e última missão de um ônibus espacial.
Inicialmente, a Nasa previa aposentar essas naves no fim de 2010. Para conseguir um prazo mais folgado, o Congresso deve liberar uma verba de 600 milhões de dólares, e a própria agência conseguiu reduzir em 200 milhões de dólares o custo mensal do programa de ônibus espaciais. A verba resultante deve ser suficiente para manter o programa ativo até março de 2011.
O custo elevado é o principal motivo para o fim dos ônibus espaciais. O governo submeteu ao Congresso um polêmico plano para substituí-los por voos comerciais, o que liberaria a Nasa para desenvolver tecnologias necessárias para futuras missões tripuladas a asteroides, a Marte e a outros destinos do Sistema Solar.
A Nasa também teve de escolher datas de lançamento que não batessem com missões previamente agendadas da Rússia, da Europa ou do Japão, o que poderia "congestionar" a Estação Espacial Internacional. A própria base de lançamento dos Estados Unidos, em Cabo Canaveral, fica ocupada por outras atividades.
"Há tanto tráfego em torno da estação que afinal fez mais sentido escolher 1o de novembro", disse Kyle Herring, porta-voz da Nasa. O adiamento do Discovery fez com que o voo do Endeavour tivesse de passar de novembro para fevereiro.
Herring disse que em agosto deve ser tomada uma decisão sobre um voo cargueiro adicional do Atlantis, que será preparado como veículo de resgate emergencial para a tripulação do Endeavour.
Fonte: O Globo Por Irene Klotz
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