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A Casa Branca negou nesta segunda-feira ter ameaçado cancelar a venda futura de armas à Turquia devido à dura política do país sobre Israel e seu voto contra as sanções das Nações Unidas ao Irã.

O jornal "Financial Times" cita um alto funcionário da Casa Branca que assegura que o presidente Barack Obama disse ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que sua política para Israel e Irã dificultaria a aprovação da venda de armas a Istambul por parte do Congresso.

Bill Burton, porta-voz da Casa Branca, confirmou hoje que Obama e Erdogan conversaram há dez dias, mas negou que tivesse sido feito um "ultimato" desse tipo.

"O presidente e Erdogan conversaram há cerca de dez dias sobre o Irã e a frota e outros assuntos relacionados", disse Burton, em referência ao ataque israelense em 31 de maio a uma frota de navios que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza, no qual nove pessoas morreram.

"Obviamente temos um diálogo aberto com eles", acrescentou o porta-voz da Casa Branca, que insistiu que não foi emitido um "ultimato desse tipo".

O Governo de Erdogan quer comprar aviões americanos para combater os separatistas curdos depois que o Exército americano sair do Iraque no final de 2011, segundo o "Financial Times".

O grupo rebelde tem bases nas montanhas do norte do Iraque, perto da fronteira com a Turquia.

Fonte: EPA