O comandante dos Estados Unidos no Afeganistão afirmou ver 'áreas de progresso' na guerra, mas disse que ainda não estava claro se o objetivo do presidente Barack Obama de começar a retirar tropas em julho de 2011 poderia ser realizado.
O general David Petraeus disse em uma entrevista à rede de TV NBC que a batalha contra o Talibã era um 'processo de altos e baixos' e que era muito cedo para determinar o seu sucesso. "O que temos são áreas de progresso. Temos que juntá-las, ampliá-las", disse Petraeus, que substituiu o general Stanley McChrystal há menos de dois meses
Ele afirmou que dará o seu 'melhor conselho profissional militar' a Obama sobre a meta de retirada em julho de 2011. "Acho que o presidente tem sido muito claro em explicar que isso é um processo, e não um evento, e que é baseado em condições", afirmou o general sobre a meta.
Obama planeja uma revisão de estratégia em dezembro, depois das eleições parlamentares. Enquanto o Congresso apoiou o seu plano de aumentar tropas, as pesquisas mostram que o público tem desconfiança.
Um levantamento divulgado na semana passada pela NBC e pelo Wall Street Journal concluiu que sete em dez norte-americanos não acreditam que a guerra vai terminar com sucesso. Os comandantes militares têm alertado que a batalha vai ficar mais dura neste ano, pois as tropas têm planos para tomar redutos do Taliban no sul e de confrontar outros insurgentes.
Petraeus lidera uma força de quase 150 mil homens dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão. Ele disse que há progressos, mas que há um longo caminho para incrementar operações que eram deficientes para o tipo de campanha necessária.
"Muitos de nós saíram do Iraque no fim de 2008 e começaram a olhar para o Afeganistão. Nos damos conta de que não tínhamos as organizações exigidas para conduzir uma campanha civil e militar contra insurgentes", disse Petraeus.
Os esforço no Afeganistão tem sido dificultado pelo nível de corrupção no país. Autoridades norte-americanas têm estado insatisfeitas com o que percebem como falta de cooperação do governo local.
Fonte: G1
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