A China iniciou hoje, em caráter oficial, o programa de construção de sua estação espacial, cuja meta é entrar em órbita em 2020, segundo divulgou a agência oficial Xinhua.

O Programa de Engenharia Espacial Tripulada da China prevê a fabricação de um laboratório espacial "relativamente grande", que possa abrigar astronautas por longos períodos de tempo. Os prognósticos da agência espacial chinesa indicam que o lançamento dos primeiros módulos poderia acontecer antes de 2016 e seria completado em 2020, com a montagem de alojamentos e instalações científicas.

A China, o terceiro país do mundo que conseguiu levar uma pessoa ao espaço, deve lançar dois módulos espaciais não tripulados no próximo ano, o Tiangong 1 e o Shenzhou 8, considerados decisivos para o futuro desenvolvimento da estação espacial, já que servirão como base para as demais missões.

O Tiangong 1 funcionará como laboratório no espaço, enquanto a nave Shenzhou 8 fará parte do sistema de aterrissagem da estação, que ainda não tem uma denominação oficial.











Os protótipos da estação espacial chinesa exibidos há meses mostram um primeiro laboratório de cerca de nove metros de longitude, com um peso aproximado de 8,5 toneladas e capacidade para abrigar três cientistas. No entanto, segundo os especialistas, o projeto completo da estação pode ter o dobro do peso e do tamanho.

Administrado pelo Exército de Libertação Popular (ELP), o programa aeroespacial chinês se iniciou em 1956 e se desenvolve principalmente em duas vertentes: uma na qual se planejam missões tripuladas com astronautas para o estabelecimento de uma estação espacial permanente, e outra para o estudo da Lua.

O orçamento oficial do programa é de US$ 500 mi, mas fontes independentes, como a empresa de consultoria aeroespacial Euroconsult, com sede em Paris, estimam a cifra em até US$ 1,3 bi.

Fonte: Terra