Segundo Obama, os pacotes se destinavam a "dois locais de culto judaico em Chicago."
As suspeitas recaíram sobre a Al Qaeda da Península Arábica, com sede no Iêmen, que assumiu a responsabilidade pela frustrada tentativa de explodir um avião de passageiros na rota Holanda-EUA em dezembro de 2009.
"Os exames iniciais desses pacotes determinaram que eles aparentemente de fato continham material explosivo", disse Obama a jornalistas. Para ele, tratou-se de "uma ameaça terrorista crível contra o nosso país."
A Casa Branca informou anteriormente que ambos os pacotes partiram do Iêmen, e que Obama foi informado da ameaça na quinta-feira à noite.
Um dos pacotes estava a bordo de um avião cargueiro da empresa United Parcel Service no aeroporto de East Midlands, cerca de 260 quilômetros ao norte de Londres. O outro foi achado num depósito da transportadora FedEx em Dubai.
"Como medida adicional de segurança, a FedEx embargou todos os carregamentos oriundos do Iêmen", disse Maury Lane, porta-voz da empresa, maior companhia aérea cargueira do mundo. "O pacote nunca esteve em um avião da FedEx. Não voamos para o Iêmen", explicou o porta-voz.
A polícia britânica disse que um item achado num avião da UPS foi enviado para testes. A CNN afirmou que se tratava de um cartucho de impressora transformado em bomba.
Antes de Obama falar, uma fonte do FBI disse à Reuters que os exames iniciais na Grã-Bretanha não revelaram a presença de explosivos.
Uma fonte oficial nos Emirados Árabes Unidos disse que "um artefato explosivo foi encontrado no pacote oriundo do Iêmen" e que esse volume era semelhante ao que foi localizado na Grã-Bretanha.
Nos EUA, aviões da UPS foram revistados em Nova Jersey e Filadélfia, "por excesso de precaução", segundo a Administração da Segurança dos Transportes.
Autoridades dos EUA e alguns analistas especularam que os pacotes suspeitos poderiam ter sido um teste dos novos procedimentos de revista de cargas e da reação das autoridades de segurança.
"Uma das possibilidades, se isso tiver relação com o terrorismo, é que pode ter sido um ensaio", disse uma fonte oficial.
As informações da inteligência sobre o possível complô haviam partido de um aliado no exterior, disse esse funcionário, sem dar detalhes.
O Departamento de Segurança Doméstica dos EUA disse estar reforçando a segurança nos aviões por causa do incidente. O governo britânico considerou ser "cedo para dizer" se fará o mesmo, mas afirmou estar "considerando urgentemente" que medidas tomar com cargas vindas do Iêmen.
(Reportagem de Ellen Wulfhorst, Michelle Nichols, Christine Kearney, Lynn Adler e Mark Egan, em Nova York; de Jeff Mason e Jeremy Pelofsky, em Washington; e de Mohammed Abbas, em Londres) - Fonte: Yahoo
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