A decisão do Governo do Reino Unido de equipar com catapultas seus dois novos porta-aviões abriu a possibilidade dos caças franceses Dassault Rafale operarem a bordo das embarcações britânicas, com a reciprocidade das aeronaves inglesas utilizarem o convés de voo do porta-aviões francês, disse o Ministro de Defesa da França Hervé Morin, durante uma entrevista na exibição Euronaval, nesse dia 26 de outubro, na França.
Morin solicitou a sua equipe de militares franceses para verificar se a instalação das catapultas poderia permitir que as aeronaves francesas, como o Rafale, poderiam operar a bordo da embarcação da Royal Navy, e a resposta foi: “Sim, isso é tecnicamente viável,” disse ele aos jornalistas.
A França estuda operar seus caças Rafale nos novos porta-aviões britânicos.
Isso abriu uma potencial oportunidade de uma interoperabilidade e de interdependência mútua entre as frotas britânicas e francesas, disse ele. Com tal cruzamento de operações embarcadas veio a possibilidade de uma “permanente presença no mar,” disse ele. “Nós temos uma complementaridade de executar isso.”
Morin, no entanto, disse que a decisão francesa, se fabricará um segundo porta-aviões, chamado de porte-avions 2 ou PA2, será tomada no final de 2012 ou começo de 2013. Até o momento, o Presidente Nicolas Sarkozy apenas disse que tal decisão poderia ser tomada em 2011 ou 2012.
Mas o dinheiro está curto, e as eleições presidenciais serão realizadas em 2012, existindo a probabilidade de que Morin tenha redefinido o nova data, disse um membro da defesa.
Privativamente, os membros da Marinha Francesa estão encantados com a possibilidade de os britânicos operarem porta-aviões convencionais, ao invés de um convés de voo projetado para aeronaves de decolagem vertical como o Sea Harrier.
Um oficial disse que leva algo como 25 anos para se aprender como operar um porta-aviões de verdade. “Eu ficarei feliz se isso for acelerado para 10 a 15 anos” disse o oficial. A Marinha da França, a qual opera com o porta-aviões Charles de Gaulle, poderia ajudar com o treinamento das tripulações britânicas.
A Marinha Francesa tinha estado sem utilizar o Charles de Gaulle por três anos após uma programada revisão do reator nuclear e um trabalho de revisão. Durante este tempo, os pilotos da Frota Aérea da Marinha da França voava nos EUA para manter-se com as horas de voo em dia.
As expectativas são altas de que os anúncios de uma cooperação militar sejam feitos durante o encontro Anglo-Francês no dia 2 de novembro, quando Sarkozy e o Primeiro Ministro Britânico David Cameron se encontrarão em Portsmout, na Bretânha.
Fonte: Defense News – Via: Cavok
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