Em entrevista coletiva, o presidente americano afirmou que não tem interesse na "contenção" do poder da China na Ásia. Entretanto, seu gesto no dia anterior para com a Índia provou o contrário.
Oficialmente, o governo chinês passou por cima de suas disputas territoriais com a Índia e afirmou compreender o desejo indiano de assumir uma cadeira permanente no Conselho. Nas negociações em curso sobre a reforma da organização, a China sempre foi contra o ingresso da Índia e do Japão. Tampouco deu o seu apoio aos outros dois postulantes, Brasil e Alemanha. Os quatro países formam o G-4, grupo com um projeto conjunto de reforma e com o compromisso de apoio mútuo na reforma do Conselho por uma vaga permanente. A reforma da entidade será debatida na Assembleia-Geral da ONU amanhã, mas sem grandes expectativas.
"A China apoia uma reforma necessária e apropriada no Conselho de Segurança e compreende o desejo da Índia", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Hong Lei. "A China está disposta a manter-se em contato com outros países, incluindo a Índia, e em participar das negociações sobre o ingresso de mais países em desenvolvimento", afirmou.
Reação chinesa. A atitude de Pequim de anunciar o investimento em obras consideradas urgentes na Indonésia causou sombra nos resultados esperados pela Casa Branca com a visita do presidente Obama. O presidente americano não conseguiu extrair do presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, o compromisso de adotar um tom mais moderado nas discussões sobre a "guerra cambial", que se darão na sexta-feira durante a cúpula do G-20, em Seul.
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