O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na segunda-feira que o anúncio do governo brasileiro sobre a compra de aviões caça deverá ser feito apenas no início do próximo ano. O presidente, que participou de almoço de confraternização com oficiais generais, buscou enfatizar o processo de reaparelhamento das Forças Armadas com, além dos caças, a aquisição de submarinos, veículos blindados e com o projeto de lei que, se aprovado pelo Congresso, garante força de polícia para contingentes da Marinha e da Aeronáutica.

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"Esse encontro acontece em um momento auspicioso. Na semana passada mandamos para o Congresso (um projeto) fortalecendo o Ministério da Defesa. É uma satisfação saber que o Exército está recebendo o primeiro lote de 34 viaturas de blindados. Até 2030 serão três mil blindados. No início de 2010, deveremos tomar a decisão sobre os aviões caças da Força Aérea Brasileira", disse Lula.

Terminou no dia 2 de outubro o prazo estipulado pelo governo brasileiro para que as empresas Boeing, Dassault e Saab fizessem a apresentação de suas propostas de venda de aeronaves caça para a Força Aérea Brasileira (FAB).

O processo de venda de 36 novos caças para o Brasil, apesar de as empresas evitarem falar em valores, deve mobilizar um montante de cerca de 4 bilhões de euros. O Brasil, que no dia 7 de setembro anunciou a decisão política de estreitar as negociações com a francesa Rafale, tem sido pressionado também pela sueca Saab, que chegou a oferecer dois caças Gripen ao preço de um.

A principal demanda do Brasil para escolher o vencedor entre os três finalistas está na possibilidade de transferência de tecnologia e na chance de empresas brasileiras poderem fabricar as novas aeronaves e as exportar.

Forças Armadas

Ao participar do almoço com oficiais-generais, o presidente disse ainda que as Forças Armadas merecem ser reconhecidas também pelo papel que desempenham em programas como o Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), no combate à dengue na Bahia, na ajuda permanente dos aviões do correio aéreo nacional na Amazônia, no apoio de hospitais-navio na região amazônica, além do suporte em logística nas provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

"O PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento tem recebido apoio incondicional de engenharia do Exército em rodovias, pontes, ferrovias e aeroportos. Fiquei particularmente feliz nos canais de interligação da bacia do são Francisco", afirmou Lula.

Fonte: Laryssa Borges (Terra) - Via Noticias Sobre Aviação