Após quase três horas de reunião com a presidente eleita, Dilma Rousseff, o ministro Nelson Jobim (Defesa) deixou a Granja do Torto, residência de campo da Presidência, sem falar com a imprensa.
A expectativa era de que nesse encontro fosse formalizado o convite para que ele permaneça no cargo no futuro governo e ainda um desfecho para a compra de novos caças para a Aeronáutica.
Segundo assessoria de Dilma, a reunião foi para discutir futuro governo e as ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro no combate ao crime organizado --além da presença dos militares na pacificação do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro que foram ocupados em resposta a onda de ataques de criminosos na cidade.
Jobim chegou ao Torto em seu carro particular, modelo Land Rover. Pela manhã, a presidente eleita recebeu o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e seus futuros ministros Antonio Palocci (Casa Civil) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral).
O ex-ministro Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos) também esteve no local.
CAÇAS
Sobre as compras dos caças para renovar a frota da FAB (Força Aérea Brasileira), a Folha antecipou em janeiro, relatório técnico que apontou o Gripen NG, da Saab, sueca, em primeiro lugar, principalmente pelo melhor preço e por propiciar maior transferência de tecnologia.
O F-18 norte-americano, considerado pelos pilotos o melhor avião em si, ficou em segundo; o Rafale francês, preferido por Jobim e pelo Planalto por questões políticas, ficou em terceiro e último. Só ganhou num dos sete critérios analisados.
Apesar da indicação técnica da FAB, Jobim manteve a preferência pelo Rafale, alegando que há "uma aliança estratégica" do Brasil com a França.
A decisão final cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve convocar o Conselho de Defesa Nacional ainda nesta semana, provavelmente na quinta-feira, para ratificar a opção.
Fonte: UOL
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