Três fragmentos de osso encontrados em uma ilha deserta no Pacífico estão sendo analisados para saber se eles pertencem a Amelia Earhart. O teste pode desmentir a teoria de que a aviadora teria morrido em um naufrágio após falhar em sua missão, em 1937, para se tornar a primeira mulher a voar ao redor do mundo.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUbE0D53MmqZtj3Of_9IKHMxiuEjnsvEiIJ_kekwSW1kQo4D_YPmHq2f_nTfooUfb_fUhOnfq1ltzgWL1H4_I5j6ZTwf-a57AXRtOYYUO3CNmnrMNARwXFY34K1Ir3MI-HTIXtbGBQqcbW/s1600/Amelia-Earhart_.jpg

Pesquisadores da Universidade de Oklahoma esperam poder fazer análises de DNA dos ossos, que foram encontrados no começo do ano por um grupo de Delaware dedicado à recuperação de aeronaves históricas.

"Não há nenhuma garantia", disse Ric Gillespie, diretor do Grupo Internacional para Recuperação de Aviões Históricos em Delaware. "Só sabemos que tem um osso que pode ser humano e pode ser ligado a Earhart e as pessoas já ficam animadas. Mas é verdade que, a possibilidade de o DNA do osso se igualar ao DNA de Amelia Earhart, já é algo bastante bom”.

Os resultados do laboratório devem demorar semanas ou meses. Os restos foram descobertos em maio e junho em uma área da ilha que parecia ser um acampamento abandonado. As peças parecem ser de um osso cervical, um osso do pescoço e um dedo. Mas Gillespie pede cautela, pois os fragmentos podem também ser de uma tartaruga, levando em conta que eles foram encontrados perto de uma carapaça de tartaruga.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMV0yWBGD6KDs3eDsngoPlj7BB3gmo3nDMDwxZnBffOJjSEJBrGxUd5Pyafe0kTAeO-6StcmZgZwifeGGgKNQYw0bwQJjA0h6AtQm4i55dxSv14X6urmh4dbljEK2yQGO4V32JtLExwOFX/s1600/Amelia+mapa.jpg

“A área conta a história de algo ou alguém que tentou sobreviver”, disse Gillespie. Carcaças de aves e peixes sugerem que foram preparados e comidos por ocidentais.

Gillespie é autor do livro "Finding Amelia: A verdadeira história do desaparecimento de Earhart” e tem viajado para a ilha desde 1989. Porém, ele reconhece que houve pouco progresso para resolver o mistério Earhart.


Aviadora desaparecida teria vivido como náufraga

Milhões de dólares já foram gastos para descobrir o que realmente aconteceu com Earhart, que foi legalmente declarada morta por um tribunal da Califórnia no início de 1939. As teorias vão desde a versão oficial - que o seu bimotor Electra ficou sem gasolina e caiu no mar - para o absurdo, inclusive que ela foi raptada por alienígenas, ou que Earhart vive em Nova Jersey sob um pseudônimo.



A imagem “http://inlinethumb63.webshots.com/42942/2796812080086034629S600x600Q85.jpg” contém erros e não pode ser exibida.

A imagem “http://i152.photobucket.com/albums/s165/ewaldo_album/deceletra.jpg” contém erros e não pode ser exibida.
Lockheed L-10E Electra de Amelia Earhart. A aeronave foi modificada, tendo a maioria das janelas da cabine escurecidas e tanques de combustível foram adaptados à fuselagem. O Avião esta pousado no Campo de Pouso do Alto da Balança - Cocorote (atual Base Aérea de Fortaleza desde 1941). Amelia Earhart (Keaton), foi a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico pilotando um avião, em vôo solo, proeza, até então, realizada por um homem: Charles Lindbergh, em 1927. Amélia desapareceu no Pacífico, em 1937, quando tentava ser também a primeira a completar uma volta em redor da Terra.


O livro "Os sapatos de Amelia Earhart", escrito, em 2001, por Gillespie e outros quatro voluntários do grupo de aeronaves, propõe a hipótese de que Earhart e Noonan fizeram um pouso forçado em um platô próximo Nikumaroro Island, a cerca de 3.000 km ao sul do Havaí, e lá sobreviveram por meses, com alimentação escassa.

A ilha faz parte da rota planejada por Earhart que tinha uma pista de pouso e de combustível. Ao longo das últimas sete décadas, as pesquisas no atol remoto produziram pistas inconclusivas, incluindo os ossos humanos e um sextante encontrados apenas três anos depois do desaparecimento de Earhart.

De acordo com Gillespie, o avião, mesmo que pousado em segurança, poderia ter sido arrastado lentamente para o mar pelas marés. Para comprovar a hipótese, o grupo precisa de US $ 5 milhões dólares para executar um mergulho de profundidade.

Após a última descoberta, os antropólogos que já havia trabalhado com o grupo de Gillespie sugeriram que ele pedisse ao Laboratório de Antropologia Molecular da Universidade de Oklahoma para tentar extrair o DNA dos fragmentos para posterior comparação com material genético doado por um membro da família Earhart.

Fonte: IG